O músico francês Marc Coppey, professor do Conservatório de Música de Paris, é o regente convidado para o segundo programa da temporada 2016 da Orquestra Jovem do Estado. O grupo formado por 90 bolsistas com idades entre 13 e 26 anos e que vem conquistando seu espaço no cenário da música erudita no país, se apresenta nos dias 2 de abril (sábado), às 21h, na Sala São Paulo, e 3 (domingo), às 18h, no Sesc Santos, na Baixada Santista. Com o mesmo repertório para as duas récitas, a orquestra recebe também o pianista argentino Nelson Goerner para solar em Concerto para Piano em lá menor, op. 17, de Ignacy Jan Paderewski.
Será a primeira vez que Goerner irá tocar com a Orquestra Jovem e o argentino que já atuou com orquestras de grande prestígio da Europa como a Filarmônica de Londres, vai solar uma peça escrita por aquele que é considerado um dos pianistas europeus mais importantes na virada dos séculos XIX e XX. Dividida em três movimentos, sendo o segundo o ponto mais alto da obra, Concerto para Piano, de Paderewski, apresenta temas marcantes, orquestração vistosa e virtuosidade. Trata-se de uma grande ornamentação do início ao fim.
Marc Coppey também rege a Orquestra Jovem em Sinfonia Nº 3 “Eroica”, de Beethoven, que a compôs, originalmente, para Napoleão Bonaparte, mas quando soube que ele havia se auto-intitulado “Imperador”, o músico ficou tão decepcionado e furioso com a atitude despótica de Napoleão que retirou a dedicatória. A terceira sinfonia de Beethoven é dividida em quatro movimentos e retrata um memorial para as conquistas heroicas que iriam inspirar a Europa num ideal humanista e libertário. Revolucionária e inovadora, o discurso se desenvolve de maneira a não comprometer o poder comunicativo da obra.
Em reconhecimento à excelência no trabalho de formação de novos talentos, com prestígio do público e da crítica especializada, a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo é ligada à EMESP Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura do Estado, gerida pela organização social Santa Marcelina Cultura – e tem como regente titular e diretor musical o maestro Cláudio Cruz. Em seu quinto ano após a bem-sucedida reestruturação, o grupo dá continuidade à sua proposta pedagógica que intensifica o convite a músicos importantes no cenário internacional da música erudita.
Marc Coppey, por exemplo, tem em seu currículo colaborações com maestros como Rafael Frühbeck de Burgos e Alan Gilbert, e também é diretor artístico do Festival de Música de Câmara de Colmar, na França. Violoncelista de formação, já esteve com a Orquestra Jovem em 2014, mas na oportunidade como solista em Sinfonia Concertante para Violoncelo e Orquestra, de Prokofiev, sob a regência do convidado norte-americano George Stelluto.
O grupo tem patrocínio do Banco Itaú, Rede, do Bank Of America Merrill Lynch, da Companhia Paulista de Parcerias (CPP) do Governo do Estado de São Paulo e do escritório Machado Meyer Advogados, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.
Programa:
Ignacy Jan Paderewski
Concerto para Piano em lá menor, op. 17
I. Allegro
II. Romanze
III. Finale
Ludwig Van Beethoven
Sinfonia Nº 3 em mi bemol maior “Eroica”, op 55
I. Allegro con brio
II. Marcia funebre. Adagio assai
III. Scherzo. Allegro vivace – Trio
IV. Finale. Allegro molto
Serviço:
São Paulo
Data: 2 de abril, sábado
Horário: 21h
Local: Sala São Paulo
Endereço: Praça Júlio Prestes, 16, Luz, São Paulo-SP
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Mais informações: (11) 4003-1212 – www.ingressorapido.com.br
Duração: 90 minutos (aproximadamente)
Classificação indicativa: Livre
Capacidade: 1.484 lugares
Acessibilidade: Sim
Santos
Data: 3 de abril, domingo
Horário: 18h
Local: Sesc Santos
Endereço: Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida – Santos
Ingressos: R$ 17 (inteira), R$ 8,50 (meia) e R$ 5 (credencial plena)
Duração: 90 minutos (aproximadamente)
Classificação indicativa: Livre
Acessibilidade: Sim
Marc Coppey – regente convidado
Professor do Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, Marc Coppey atua como maestro principalmente com solistas de Zagreb, na Croácia, mas também com diferentes orquestras. Apresenta-se como violoncelista solo com orquestras de peso, sob a regência de maestros como Emmanuel Krivine, Rafael Frühbeck de Burgos, Michel Plasson e Jean-Claude Casadesus, entre muitos outros. Dedica-se também à música de câmara e se apresenta com músicos renomados como Maria João Pires, Nicholas Angelich, Aleksandar Madzar, Michel Beroff, Emmanuel Pahud e os quartetos Prazak e Talich. Seu repertório é eclético: toca as suítes de Bach completas, assim como o repertório mais apreciado nas salas de concerto, tanto como peças raras. Compositores como Durieux, Fénelon, Krawczyk, Lenot, Monnet, Pauset, Reverdy, Tanguy e Bruno Mantovani lhe dedicaram trabalhos.
Nelson Goerner – piano
Nascido em 1969 em San Pedro, Argentina, Nelson Goerner já se estabeleceu como um dos pianistas mais destacados de sua geração e eleito pela Associação de Críticos Musicais da Argentina como o melhor solista do país. Atua frequentemente com orquestras de grande prestígio, entre elas, a Filarmônica de Londres, Philharmonia, a BBC Philharmonic, orquestras nacionais na Escócia e País de Gales, Manchester Hallé, MDR Leipzig, Orchestre de la Suisse Romande, Orquestra do século XVIII, Sinfonia Varsovia, a Filarmónica da Rádio holandesa e Viena Symphonies.
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