Tudo começou muito timidamente no CEU Jambeiro, em 2011, quando um grupo de mães, tias e avós de alunos do Guri passaram a se encontrar semanalmente para produzir artesanato em fuxico. A ideia deu tão certo e o resultado desses encontros abriu tantas portas ao grupo (veja matéria aqui) que a notícia correu mundo. Atualmente é possível encontrar atividades semelhantes em pelo menos dois outros polos: CEU Parque São Carlos e CEU São Rafael, ambos também na Zona Leste de São Paulo. Os três grupos apresentaram seus trabalhos num encontro que reuniu todos os colaboradores (professores, assistentes sociais, monitores de polo e agentes de apoio) do Programa Guri no último dia 15/2, no Instituto de Artes da Unesp.
No Polo Parque São Carlos, a história é muito semelhante ao Jambeiro já que tudo começou com Neusa Ramos. Mãe de Lusia e Luisa, alunas de violino e iniciação musical, Neusa tem uma boa noção de artesanato em fuxico – técnica que utiliza pedaços de tecido costurado para decorar roupas, bolsas, almofadas e outros utensílios. Quando suas filhas mudaram de polo e passaram a frequentar o CEU Parque São Carlos, Neusa levou sua experiência para as mães daquela localidade. O grupo começou em 2012 com dez mães. A atualmente são cinco, que se reúnem semanalmente para produzir souvenirs de fuxico, bonecas de pano, cachecóis, bolsas e porta-trecos entre outros produtos.
O grupo até encontrou um nome: Cooper Mater, e tem buscado parcerias para dar vazão à produção. “A Cooperativa Nova Esperança [produtora de fios – conheça o trabalho aqui] levou nossos produtos para um encontro em Minas [Gerais] que vendeu bem”, conta Neusa, que lembra que o maior desafio desse grupo é conseguir formalizar uma cooperativa.
No CEU São Rafael, o grupo se formou também ano passado a partir de uma atividade organizada pelo Polo denominada Troca de Saberes. A cada encontro uma das oito mães que formaram o grupo ensinava às outras uma técnica artesanal do qual tinha conhecimento. No final dessas atividades, o grupo definiu as técnicas a serem trabalhadas coletivamente. Desde o ano passado produzem peças de tricô, fuxico, arte em EVA e em recicláveis. A assistente social do Polo, Cyntia Soares, conta que duas das mães participaram de um curso do Sebrae denominado Aprender a Empreender.
Segundo Sheila Gonzales, mãe de Keila, aluna de flauta do Polo, participar do grupo ampliou suas perspectivas: “É bom. A gente troca saberes e conhece coisas novas”. O grupo, que se encontra todas as quartas-feiras, gostou do retorno que obteve na Unesp e está trabalhando para poder oferecer novos produtos na Jornada de Capacitação do Guri, que deve acontecer em julho.
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