Professores de canto e metais participam de Clínicas Musicais ministradas pelo maestro Vitor Gabriel que tem como temática a padroeira dos músicos
Empenho, alegria e muita concentração foram algumas das sensações que mais de 80 professores de canto e metais do Programa Guri sentiram ao participar das Clínicas Musicais, capacitação realizada de 15 a 18 de julho, no Instituto de Artes da UNESP, para ampliar o conhecimento, discutir novas ideias e compartilhar as experiências musicais.
Ministrada pelo maestro Vitor Gabriel, professor da Universidade Estadual Paulista, a semana de formação teve como temática “Santa Cecília”, conhecida na tradição católica como padroeira dos músicos, possibilitando subsídios teórico-práticos para que o educador desenvolva atividades musicais em suas aulas.
“Trabalhar com peças relacionadas à Santa Cecília foi muito interessante. Aprendemos mais, tivemos novas ideias e superamos as dificuldades”, diz Simone Pessoa de Almeida, professora de canto no polo Brooklin e CEU Casa Blanca.
Concentrados, os professores conseguiram assimilar rapidamente o conteúdo, deixando o maestro Vitor Gabriel bastante satisfeito. “É a segunda capacitação que faço com este grupo e, eles responderam muito bem. Renderam de 15 a 20% a mais que no primeiro encontro, realizado no mês de janeiro. Vieram mais preparados, dedicaram-se mais, enfim, foi muito proveitoso”, explica.
Com um repertório escolhido a dedo, de Orlando di Lasso a Carlos Iafelice, que teve sua peça “Romance de Santa Cecilia" estreada no encerramento da capacitação, professores trabalharam diariamente em busca do aprimoramento, da melhor técnica e, claro, de novas formas para apresentar esses conhecimentos no dia a dia, na sala de aula.
“A partir de agora nossa visão ficou ampliada, tanto em relação a texto e contexto histórico. O enfoque foi muito além da música, também privilegiou a poesia e interação da música com outras artes”, explica Helvécio Hernandes Silva, professor pianista e professor de teoria nos CEUs Casa Blanca, Campo Limpo, Dutra e Vila do Sol.
Sentado ao piano, em um dos intervalos do encontro, João Henrique Vianna, de 9 anos, estava ora observado, ora brincando. Alheio a toda e qualquer responsabilidade, mas já interessado no conteúdo. “Achei legal vir com a minha mãe. Fiquei sentando assistindo eles tocarem trombone, ouvir minha mãe cantando”, conta.
Para a mãe de João Henrique, Jéssica Vianna, que dá aulas de canto e coral nos CEUs Cidade Dutra, Campo Limpo, Inácio Monteiro e Meninos, trabalhar em conjunto com outros professores e poder fazer música é sempre uma oportunidade para a vivência profissional e pessoal. “Criamos uma memória com um grupo mais fortalecido, foi totalmente gratificante. Seria interessante contar com a participação de todos os professores, mas não ficou nada a desejar”, diz.
E, ao longo de todos os ensinamentos, os educadores também se preparavam para a apresentação ao término da capacitação, uma forma de evidenciar o aprendizado e aproveitar a disposição e a energia criativa do grupo.
“Fico lisonjeada em participar destes momentos. Não tenho palavras para descrever o altíssimo nível musical dos profissionais. Realmente, foi uma injeção de energia e cultura ao longo desses cinco dias”, enfatiza Daniela Carvalho Catanzano, professora pianista nos polos Meninos, Rosa da China e São Rafael.
por Vivian Cunha
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