Durante os dias 9 e 16 de janeiro, nove alunos da EMESP Tom Jobim que também são bolsistas da Orquestra Jovem Tom Jobim, participaram de atividades pedagógicas no Caribe e realizaram apresentação no Naniki Barbados Music Festival. Denise Cardoso de Oliveira (violino), Gustavo Mesquita França (violoncelo), Iago Dacol Stephano (violino), Karen Hapuque Rodriguez (violoncelo), Ocimar Cassio Correa (violino), Nádia Fonseca da Silva (violino), Oscar David Orjuela (violino), Thiago Brisolla (violino) e Victória Liz Ribas (viola) tiveram a oportunidade de se apresentar com a orquestra de Nicholas Brancker na Ilha de Barbados.
Crédito da foto: Viviane Bressan
Criado em 2013, o festival de jazz Naniki Barbados Music Festival é realizado em Barbados. A edição de 2016 foi em comemoração ao 50º aniversário da independência da ilha caribenha. “Foi uma experiência incrível e divertida. Tenho muito o que agradecer à EMESP, à direção da escola e da Orquestra Jovem Tom Jobim. Foi a melhor coisa que aconteceu desde que estou na Escola. Foi a realização de um sonho”, afirma Denise Cardoso, 24 anos, aluna de violino com a professora Inna Hakevich.
Karen Hapuque, aluna de música de câmara com a professora Liliana Chiriac, que já havia se apresentado fora do Brasil, quando foi bolsista da Orquestra Jovem do Estado entre 2012 e 2014, em concertos na Alemanha, França e Holanda, ressaltou “a experiência de ter tocado o estilo de música local, que é muito diferente. Todos os ensaios em Barbados foram um aprendizado”. A jovem de 21 anos acrescenta: “ foi por meio da EMESP que tive grandes oportunidades na minha carreira”.
Aluna de violino e música de câmara com a professora Liliana Chiriac, Nádia Fonseca, de 22 anos, destacou a troca de conhecimento que teve com os musicistas caribenhos. ”O mais bacana de participar desse Festival foi o contato que tivemos com o estilo musical de Barbados. Ter contato com a cultura e a música deles foi uma grande experiência para nós, assim como foi para eles aprenderem sobre nossa música também”, revela.
Crédito da foto: Viviane Bressan
Os jovens musicistas tiveram ensaios, aulas e puderam trocar experiências com o músico Nicholas Brancker. Um dos maiores nomes do jazz do Caribe, Brancker participou dos ensaios e preparou os jovens para a apresentação que aconteceu no dia 16 de janeiro no espaço Holders, em Barbados. No repertório Nikso, Bassically Speaking, Hello Sunshine, When I Close My Eyes, Its Going Down!, Emmerton e How Many More, obras que fazem parte do CD Touching Bass, de Nicholas Brancker.
“O Nicholas Brancker é muito humilde. Estava sempre com a gente. Falou sobre a cultura deles, como o carnaval que é parecido com o do Brasil e me deu a honra de tocar ao lado dele. A alegria que todos os músicos de Barbados mostravam, enquanto tocavam, é algo que vou guardar para sempre na minha memória”, conta Thiago Brisolla, violinista da Orquestra Jovem Tom Jobim e aluno de violão popular com o professor Chrystian Dozza.
“A EMESP é o único lugar do Brasil em que eu poderia ter essa oportunidade. Como eu sou violinista, o primeiro lugar que sempre me veio à cabeça quando pensei em tocar música popular foi a EMESP. Além da oportunidade que a Orquestra Jovem Tom Jobim me dá de me apresentar com grandes solistas, como Nelson Ayres, Ricardo Herz, entre outros e ainda ter essa chance de realizar uma apresentação internacional”, completa o aluno de 24 anos.
Já a bolsista mais jovem da Orquestra Jovem Tom Jobim na viagem, Victória Liz Ribas, de apenas 17 anos, revela que ficou muito feliz com a primeira experiência internacional. “Para quem atua na Orquestra Jovem Tom Jobim, é muito importante essa chance de se apresentar fora do Brasil. Eu não teria essa oportunidade se não fosse pela EMESP, que é muito importante na minha vida”, conta Victória, aluna de viola com a professora Irina Matzen.
Crédito da foto: Viviane Bressan
Coordenador artístico-pedagógico da EMESP Tom Jobim e membro do conselho artístico da Orquestra Jovem Tom Jobim, Paulo Braga reforça a importância da experiência para os alunos. “Foi a primeira viagem internacional da grande maioria deles. Muitos não tinham nem passaporte quando foram convidados para o Festival. É uma vivência que não tem dinheiro que pague, pois com certeza eles irão se lembrar pelo resto da vida essa semana que passaram lá. Além do orgulho de terem sido escolhidos para representar a Orquestra Jovem Tom Jobim. Esse foi o primeiro convite internacional que recebemos. A responsabilidade foi grande em todos os sentidos, tanto musical quanto profissional. E eles foram super profissionais e tocaram muito bem”, revela.
Paulo Braga também aponta que essa vivência proporcionada pelo Festival reforça a proposta pedagógica da EMESP Tom Jobim. “Procuramos preparar os nossos jovens para a vida profissional. Sabemos que, diante da realidade do mercado, muitas vezes não se tem ideia do que vai cair na estante para você tocar. Então, a partir do momento que esses jovens chegaram lá para tocar um repertório que não conheciam e fizeram muito bonito, é sinal de que estão sendo muito bem preparados tecnicamente e musicalmente. Os alunos conseguem olhar para a partitura e decifrar da seguinte forma ‘qual é a língua que eu tenho que falar aqui? Qual é o som que eu tenho que tirar do instrumento para essa proposta musical? Esse tipo de experiência reforça o projeto pedagógico que estamos fazendo aqui na EMESP”, conclui.
por Marcus Vinicius Dias Magalhães
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