O Coral Juvenil e o Regional de Choro do Guri fazem um programa especial que tem como tema os 50 anos de 1968, ano que inaugurou um o período mais violento da Ditadura Militar brasileira, que vigorou de 1964 até 1985. Unindo os dois grupos do Guri, o repertório faz um panorama da produção de música popular brasileira da época, com especial foco na temática da liberdade e luta contra a repressão, com peças de Adoniran Barbosa, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Cartola, Jacob do Bandolim e Milton Nascimento, entre outros. O Coral Juvenil tem regência de Giuliana Frozoni, e Santiago Steiner é quem dirige o Regional de Choro.
As apresentação acontecem no dia 24, no Masp Auditório, às 11h, e no dia 30, no CEU Perus, às 15h.
Primeiro gênero genuinamente nacional, o choro tem suas raízes em ritmos europeus, como mazurca, polca e valsa. As peças estrangeiras começaram a receber influências de manifestações africanas, como o batuque e o lundu, e da interpretação mais afetuosa e sentimental que lhes foi dada veio o nome do novo estilo, choro. Desenvolvidos a partir de uma dinâmica flexível, os conjuntos têm como base uma seção rítmico-harmônica – com violão, violão de sete cordas, cavaquinho e percussão – e solistas – flauta e saxofone. A formação pode variar, compreendendo também instrumentos como tuba, trombone, bandolim e até violino. Inicialmente associados ao folclore de cada parte do Brasil, os grupos se apresentavam com roupas típicas, recebendo aí a denominação de “regionais” de choro. Fundamentado especialmente na tradição oral, o choro recebe do Guri um tratamento especial, que visa conciliar a interpretação – preservando a liberdade dos instrumentistas – com a pedagogia musical – investindo na sistematização do ensino, com estudos aprofundados e produção de partituras e arranjos próprios. É na roda de choro que os estudantes, após atingir um elevado nível técnico, desenvolvem uma relação pessoal com seu instrumento, explorando as entrelinhas do idioma musical.
Formado pelos alunos e alunas de canto do Guri, o Coral do Guri conta com adolescentes de 12 a 18 anos, e promove o aprofundamento da prática vocal. Em constante aprimoramento, o grupo explora em cada programa um repertório distinto, passando pela música sacra e popular, por canções do gospel e por composições contemporâneas, tendo recebido convidados como Keith McCutchen (EUA), o grupo vocal Mouthful (Inglaterra) e a maestrina Agnieszka Franków-Zelazny (Polônia). Em 2012, lançou o CD Cantos Novos – o primeiro álbum dos Grupos Musicais do Guri –, com peças em sua maioria escritas especialmente para o grupo.
JACOB DO BANDOLIM (1918-1969)
Noites Cariocas (arr. Regional de Choro do Guri Santa Marcelina)
[4 min]
PIXINGUINHA (1887-1973)
Lamento (arr. Regional de Choro do Guri Santa Marcelina)
[4 min]
CHICO BUARQUE (1944)
Carolina (arr. Santiago Steiner)
[5 min]
CAETANO VELOSO (1942) / GILBERTO GIL (1942)
Panis et Circensis (arr. Ana Yara Campos)
[3 min]
TOM JOBIM (1927-1994)/ CHICO BUARQUE (1944)
Sabiá (arr. Esmeralda Ruzanowsky)
[3 min]
CHICO BUARQUE (1944)
Tema de Morte e Vida Severina
[2’30 min]
MARCOS VALLE (1943)
Viola Enluarada (arr. Vitor Gabriel de Araújo)
[3’30 min]
OLDEMAR MAGALHÃES (1912-1990)/ LUIZ ANTÔNIO (1921-1996)
Barracão (arr. Giuliana Frozoni, Lucila Ferrini e Santiago Steiner)
[3 min]
CARLOS CACHAÇA (1902-1999) / CARTOLA (1908-1980) / HERMÍNIO BELLO DE CARVALHO (1935)
Alvorada (arr. Giuliana Frozoni, Lucila Ferrini e Santiago Steiner)
[3 min]
ADONIRAN BARBOSA (1910-1982) / MARCOS CÉSAR
Vila Esperança (arr. Giuliana Frozoni, Lucila Ferrini e Santiago Steiner)
[3 min]
ELOMAR FIGUEIRA MELLO (1937)
Canção da Catingueira (arr. Giuliana Frozoni e Santiago Steiner)
[3 min]
CAETANO VELOSO (1942) / GILBERTO GIL (1942)
Divino Maravilhoso (arr. André Protásio)
[3 min]
CHICO BUARQUE (1944)
Roda Viva (arr. André Protásio)
[4 min]
GILBERTO GIL (1942)
Domingo no Parque (arr. Paulo Serau)
[4 min]
EDU LOBO (1943) / GIANFRANCESCO GUARNIERI (1943-2006)
Upa, Neguinho (arr. Paulo Serau)
[3 min]
MILTON NASCIMENTO (1942)
Canção do Sal
Morro Velho
MILTON NASCIMENTO (1942) / MÁRCIO BORGES (1946)
Vera Cruz (arr. Mário Zaccaro)
[7’30 min]
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