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26 de março de 2008

Aula-espetáculo inaugura atividades do Guri Santa Marcelina em pólo piloto

O duo de violões de
João Luiz e Marcos Flávio
se apresenta acompanhado pelo
percussionista Ricardo Appezzato

“Quanto tempo demora para aprender a tocar trombone?”,  perguntou o menino de 8 anos, cheio de expectativa. No palco, um dos músicos respondeu: “A gente estuda a vida toda. E precisa começar cedo.”

Este foi um dos diálogos entre músicos e espectadores durante a aula-espetáculo que, no dia 25 de março, inaugurou as atividades do Guri Santa Marcelina no CEU Cidade Dutra, em parceria com a Prefeitura da Cidade de São Paulo. E esta é justamente uma das idéias que inspiram o programa: a música, para valer a pena, deve ser parte da vida.

É o que começará a acontecer no CEU Cidade Dutra, pólo piloto do Guri Santa Marcelina – programa criado por iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura e gerido pela Santa Marcelina – Organização Social de Cultura. Ali, foram abertas 400 vagas em cursos de música completos, que incluirão atividades de musicalização, instrumento, canto, prática de conjunto e coral. Para o aluno interessado e apaixonado, a música passará a fazer parte do dia-a-dia.

Interação

A aula-espetáculo, realizada pela manhã e repetida à tarde, reuniu quatro grupos musicais, com um total de 19 integrantes – entre eles alguns professores que ensinarão música no CEU Cidade Dutra e em outros pólos do Guri Santa Marcelina. Nas duas ocasiões, uma platéia de 450 pessoas – na maioria alunos do CEU de 6 a 16 anos – lotou o teatro. Depois da apresentação musical, houve um bate-papo entre os artistas e as crianças e foram abertas oficialmente as inscrições para os cursos de música.

O evento começou com uma breve explicação sobre o Guri Santa Marcelina apresentada pela gestora do CEU Cidade Dutra, Maria Angela Tescaro. Em seguida, a platéia assistiu a um espetáculo diversificado e de alta qualidade, ilustrando o vasto universo musical que os alunos do programa poderão conhecer.

O duo de violões de João Luiz e Marcos Flávio apresentou choros, acompanhados ao pandeiro por Ricardo Appezzato – e, vez ou outra, pelas palmas empolgadas das crianças na platéia. Já o quinteto de metais Som Metal, com tuba, trombone, trompa e dois trompetes, chamou a atenção com sua energia vibrante e um repertório eclético, começando com música clássica e terminando com o famoso choro.

A platéia entrou em transe com o som hipnotizante dos tambores, pratos e outros instrumentos de percussão do Grupo Durum. Em três peças modernas, o conjunto exibiu um amplo leque de timbres e coloridos sonoros. O espetáculo foi encerrado com uma divertida e ágil apresentação do conjunto Octrombada – formado por oito artistas que misturam voz, percussão corporal e teatro.

No bate-papo, dez crianças subiram ao palco para fazer perguntas aos artistas. Elas quiseram saber detalhes sobre os instrumentos, a rotina de estudos e os desafios enfrentados pelos músicos. A conversa, em clima informal e bem-humorado, serviu para mostrar que, por trás daquela música apresentada no palco, existe muito estudo, seriedade e perserverança.

Vocação educacional

O quinteto Som Metal

na aula-espetáculo

 

A educação de qualidade é um dos princípios da Santa Marcelina – Organização Social de Cultura. A OS é mantida pela Congregação das Irmãs Marcelinas, referência na administração de instituições nas áreas do ensino e da saúde, como a Faculdade Santa Marcelina (com cursos de música, artes plásticas, desenho de moda e outros), o Colégio Santa Marcelina e o Hospital Santa Marcelina.

A missão do Guri Santa Marcelina é oferecer educação musical de qualidade a alunos de 6 a 18 anos, criando uma oportunidade real de crescimento e inserção social. Seu moderno projeto pedagógico foi cuidadosamente elaborado, levando em conta as experiências e expectativas das comunidades e de seu entorno, mas sem abrir mão de um conteúdo curricular substancial e desafiador.

Haverá aulas de instrumento (violino, viola, violoncelo, violão, contrabaixo, clarinete, saxofone, trompete, trompa, trombone, tuba, flauta transversal, percussão), canto, prática de conjunto, vivência melódica e rítmica e canto coral.

Os cursos ocorrerão em pólos a ser criados inicialmente nos Centros Educacionais Unificados (CEUs), graças a um convênio firmado com a Prefeitura da Cidade de São Paulo por meio da Secretaria Municipal de Educação. O pólo piloto é o do CEU Cidade Dutra. Dezenas de pólos serão abertos nos próximos meses.

Os horários, instrumentos específicos, conteúdos dos cursos e outros elementos serão planejados levando em conta a realidade dos pólos de ensino. A intenção é aproveitar o potencial e o valor das diversas comunidades. Mas todos os pólos terão a mesma qualidade de ensino, o mesmo currículo amplo e o mesmo grau de seriedade e disciplina. Esse aspecto da formação abrangente e criteriosa é uma das maiores qualidades do programa, segundo Maria Angela Tescaro. “Além de estudar música, os alunos aprenderão a se relacionar, sociabilizar”, afirmou ela. “E o que as crianças aprenderem aqui, levarão para casa.” 

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