Os polos Brooklin e CEU Jambeiro receberam as apresentações finais do curso modular deste ano, que teve como foco o bumba-meu-boi. Alunos apresentaram músicas e dançaram ao ritmo de uma das mais importantes manifestações cul-turais do povo brasileiro
“Eu não conhecia a história do boi. Começamos a ensaiar e foi juntando cada vez mais gente, ficando melhor”, conta Patrick Willian dos Santos, após o encerramento da apresentação de teatro feita pelos alunos do polo Jambeiro, que adaptaram a popular história do bumba-meu-boi com os personagens típicos, belos figurinos e muita música.
Patrick, 11 anos, estudante de canto, teve o primeiro contato com essa importante manifestação popular da região norte do País por meio do Curso Modular. Os alunos contaram, durante um ano inteiro, com aulas sobre os ritmos e canções do bumba-meu-boi e puderam montar uma apresentação para o encerramento do curso, marcados para os polos Jambeiro (23/11) e Brooklin (27/11).
O site do Guri acompanhou a apresentação dos polos Vila Curuçá, Inácio Monteiro, Casa Blanca, Vila Atlântica, Rosa da China, São Rafael, São Mateus e os anfitriões Jambeiro. No Brooklin, outros sete polos contaram suas histórias. Cada local escolheu um jeito de expor o trabalho. Teve canções adaptadas pelos alunos, resgate de canções, muita dança e vários bois montados, feitos de papelão, material reciclado, fitas e tecidos.
Maria Eduardo Campos Oliveira, 12 anos, aluna de clarinete do polo Inácio Monteiro, entrou no curso no 2º semestre, considerou o modular um jeito gostoso de aprender um novo ritmo que “já tinha ouvido falar, mas nunca tinha estudado”.
Haroldo Ferreira da Costa, 16 anos, estudante de violão do polo São Rafael, conta que desde o ano passado tem frequentado as aulas no Modular. Para ele, o curso ajuda na questão rítmica e cultural. “Demos o nome de Aeroboi para o nosso grupo e, baseada em uma música do Tião Carvalho – pesquisador que realiza as festas no Morro do Querosene, no bairro Butantã -, criamos a letra Boi Pégasus, que diz assim: Ê boi, ê boi/ Que começou a cantar no meio do céu/ Com alegria no ar/ Vamos todos bailar”. Outro grupo, do polo Vila Curuçá, fez até votação para escolher o nome do boi, que passou a se chamar Gurilino.
Para a Cláudia Oliveira, professora do Curso Modular nos polos Casa Blanca, Vila Curuçá e Vila Atlântica, os alunos receberam bem a proposta. “Eles pesquisaram as músicas do norte e do sul, como se dá a relação entre as canções e a dança e os tipos de instrumentos utilizados na festa do boi. Os resultados foram muito bons, diversificados de acordo com o entendimento de cada grupo”, avalia.
Desde o ano passado, o curso modular conta com a série Roda Brasil, que foca as manifestações culturais brasileiras que envolvem música e dança. Já foram temas do curso o ijexá, cacuriá e agora o bumba-meu-boi.
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