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Entrevista com Peter Koval

13 de outubro de 2010

Compositor inglês radicado no Brasil escreve peça em homenagem a Banda Sinfônica do Guri

Após assistir duas apresentações da Banda Sinfônica do Guri Santa Marcelina em setembro, e aprovar o desempenho do grupo, o inglês Peter Boris Koval, compositor que mora no Brasil desde 1985, produziu uma peça em homenagem à Banda, denominada Marcha dos guris.

A peça, feita no tempo recorde de uma semana, tem como característica principal, segundo o compositor, se encaixar bem nos naipes de instrumentos da Banda. “Ela soa bem com os instrumentos que o grupo tem. Fiz a grade completa”, explica. Koval conta que a maioria das peças para bandas sinfônicas têm mais instrumentos como o fagote e o oboé, e quando eles não estão presentes, como no caso do grupo formado pelos guris, há uma perda no conjunto.

O compositor se preocupou bastante com o desempenho dos jovens músicos na peça. Ele conta que no começo a Marcha dos Guris é bastante simples e “foi ficando complicada, mas ainda acessível para os jovens. Quando escrevi estava consciente, sabia, por exemplo, que não poderia complicar demais no segundo e terceiro clarinetes”, exemplifica. Ele reforça que “a peça foi escrita para uma banda profissional” e espera poder publicar a obra em uma editora nos Estados Unidos ou Europa. Koval tem cerca de 30 obras completas que espera uma oportunidade para chegar ao grande público. Ele destaca seus tangos brasileiros e argentinos e revela que escreveu peças para a Banda Sinfônica do Estado e Banda Sinfônica de Tatuí. Inclusive uma das peças apresentada pelos guris nos concertos do CEU Vila Atlântica e Praça Victor Civita, Divetimento Basso, de Koval, é dedicada ao tubista Albert Khattar, que foi solista nos concertos (veja matéria aqui).

O grupo começa a ensaiar a Marcha dos guris a partir deste mês. Segundo o regente da Banda Sinfônica e coordenador pedagógico do Guri Santa Marcelina, Ricardo Appezzato, a peça deve ser apresentada em novembro. “Ainda vou sentir como vai ser o desempenho dos alunos”, explica. Ricardo lembra que esta foi a primeira obra escrita para o grupo. “Foi uma belíssima homenagem.”

Para Koval os guris não precisam ter pressa, “é muito bom ensaiar para soar bem. Naturalmente eles não atingiram o nível profissional, mas em tempo vão crescer. Acho até que para o perfil da banda o nível é surpreendentemente bom”, comenta. E completa: “Estou muito orgulhoso de poder contribuir para o crescimento deles. Quando eu vir acompanhar um ensaio, mais lá na frente, e houver algum problema, estarei disponível para ajustar a peça caso for necessário”.

Texto: Carlos Rizzo
Foto: Peter Koval e sua esposa durante concerto da Banda Sinfônica na Praça Victor Civita

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