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Camerata Aberta apresenta clássico de Anton Webern e produção contemporânea no MASP

04 de maio de 2010

Apresentação no dia 12 de maio, intitulada Concertos de Câmara, finaliza os três primeiros meses de atividade do grupo contemporâneo da EMESP sob a regência do francês Guillaume Bourgogne e com a primeira participação da violinista Elissa Cassini

No dia 12 de maio (quarta-feira), às 20h30, a Camerata Aberta, grupo contemporâneo de câmara residente da Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP), apresenta Concertos de Câmarano Grande Auditório do MASP (Museu de Arte de São Paulo). O concerto encerra a residência do regente francês Guillaume Bourgogne, que acompanhou os primeiros três meses de trabalho da Camerata recheando o repertório artístico com suas experiências e referências musicais contemporâneas. No repertório, obras de Anton Webern, Philippe Leroux, Martín Matalon e Elliot Carter. Haverá também um concerto didático gratuito e aberto ao público no dia 11 de maio, às 20h30, na Faculdade Santa Marcelina.

Anton Webern (1883-1945), juntamente com Arnold Shoenberg e Alban Berg, formou a chamada Segunda Escola de Viena. Vislumbrou nas técnicas composicionais dodecafônicas a possibilidade de criar um novo universo musical, propondo novas maneiras de abordar a forma, a melodia, o timbre, o silêncio, a dinâmica. Seu pensamento musical tornou-se referência para os músicos da geração dos anos 50. Em Concertos de Câmera, a Camerata Aberta executa o Concerto para nove instrumentos, Op. 24.

Na sequência, o concerto apresenta (d’) Aller, de Philippe Leroux (1959), peça com a qual recebeu o prêmio de melhor criação musical contemporânea do ano (Prêmio Hervé Dugardin) em 1996. Como solista estará a violinista franco-americana Elissa Cassini, primeiro-violino da Camerata Aberta, que inicia nesta apresentação suas atividades com o grupo.

 

Para essa execução, a Camerata Aberta conta com a participação de mais cinco músicos convidados: Giuliano Rosas (Clarinete), Liuba Klevtsova (Harpa), Luiz Ferralheiro (Tuba), Marcelo Toni (contra-fagote), Sarah Hornsby (Flauta) e Simona Cavuoto (Violino). Os convidados também participam das outras peças do programa, alternadamente.

A terceira obra do programa é do argentino Martín Matalon (1958), que iniciou em 1997 a escrita de uma série de partituras intitulada Trame, nome genérico retirado de um poema homônimo de Jorge Luis Borges, que revela a sincronia existente entre os elementos que constituem a “história universal”. Para este concerto, foi selecionada Trame IV, de 2001, com solo de piano de Horácio Gouveia.

Por fim, em Asko concerto, peça escrita pelo compositor centenário americano Elliot Carter (1908) em 2000, os 16 integrantes da Camerata se reúnem e, com alguns dos músicos convidados, participam de diferentes formações, em duos, trios e quintetos, gerando mobilidade e sobreposições sonoras.

Para os próximos meses de atividade da Camerata Aberta, já está confirmada a vinda do regente brasileiro radicado em Nova York, Eduardo Leandro, regente do Contemporary Chamber Players, da Universidade Stony Brook. A ideia é trazer regentes de diversos países para uma minirresidência com a Camerata, de modo que o grupo tenha contato com a música contemporânea de diversas regiões e constitua uma sonoridade própria.

 

 

Concerto Didático

 

No dia 11 de maio, às 20h30, a Faculdade Santa Marcelina (FASM) recebe a Camerata Aberta para a apresentação de um concerto didático no Teatro Laura Abrahão.

Um dos principais pilares da Camerata são as atividades pedagógicas para a formação de público e, também, de jovens estudantes de música. Com esse objetivo, foram concebidos os concertos didáticos, que acontecem mensalmente, sempre associados à programação oficial de concertos. Nessas ocasiões, um músico especialista falará sobre as obras que fazem parte do programa.

No programa de maio, o responsável pelas explicações será o regente convidado Guillaume Bourgogne. “Ele explicará ao público como os materiais musicais são elaborados e como o compositor constrói seu discurso. Paralelamente, o grupo executará trechos das obras que exemplificam os tópicos expostos pelo maestro”, explica Sergio Kafejian, coordenador da Camerata Aberta.

O principal intuito é o de fornecer aos ouvintes mais elementos para a apreciação do concerto. É uma oportunidade rara de conhecer mais sobre a música a partir do ponto de vista dos próprios músicos.

Clique aqui e confira mais informações sobre o programa.

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