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Três bolsistas se apresentam como solistas em concerto da Orquestra Jovem Tom Jobim

06 de novembro de 2014

Vencedores do concurso Jovens Solistas 2014, Paulo Fernando Mantovani da Silva, Lucas Figueiredo e Thiago Borges Souza se apresentam como solistas em dois concertos da Orquestra Jovem Tom Jobim nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, às 20h, no Theatro São Pedro. Em ambas as apresentações, a Orquestra conta com as participações especiais do regente Nelson Ayres e do pianista Mário Laginha.


(Foto: Marcus Vinicius Magalhães)

Realizada no dia 9 de junho, no Auditório Zequinha de Abreu, a prova final do concurso Jovens Solistas da Orquestra Jovem Tom Jobim, que tem como objetivo dar oportunidade para os jovens talentos solarem com o grupo, premiou os três bolsistas entre nove selecionados.

“Minha preparação para o concurso começou no ano passado quando não fui selecionado para a audição final. Isso me motivou para me preparar melhor em 2014. Dessa vez, estudei bastante a peça que escolhi e consegui meu objetivo”, conta o saxofonista Lucas Figueiredo.

Integrante da Orquestra Jovem Tom Jobim desde 2013, Lucas afirma que ser solista em uma apresentação do grupo é um estímulo para continuar se dedicando ainda mais ao instrumento. O jovem fará solo em Summertime, de George Gershwin. “Eu estou bem ansioso e animado para os concertos da Tom Jobim. Conquistas como essa são importantes para manter vivo o sonho de que a música realmente vale a pena”, diz o bolsista de 21 anos.

O clarinetista Paulo Mantovani também vai realizar o primeiro solo com a Orquestra Jovem Tom Jobim em Concerto para Clarinete, de Artie Shaw. O bolsista está contando os dias para os concertos, principalmente, após não ter conseguido o feito quando integrava a Banda Sinfônica Jovem do Estado. “Minha expectativa é muito grande. Em 2013, fiquei em terceiro lugar nos Jovens Solistas da Banda, mas só o primeiro colocado se apresentou com o grupo”, revela.

Natural da cidade de Aparecida do Norte, no interior de São Paulo, o jovem reconhece a importância dessas conquistas. “Como venho de uma cidade pequena, sempre valorizo essas oportunidades que aparecem. É também uma realização pessoal para mim, pois nunca tive o apoio necessário por conta da questão de que a profissão de músico é um pouco incerta”, afirma.

Já o saxofonista Thiago Borges Souza, de 23 anos, se apresenta pela segunda vez como solista com a Orquestra Jovem Tom Jobim. “A prova deste ano foi mais tranquila, pois escolhi uma peça que estava acostumado a tocar, Train, de Chris Potter. Apesar disso, tenho que admitir que ser avaliado por uma banca de professores me intimidou um pouco. No ano passado, o concerto foi ao lado de músicos da Juilliard School. Foi uma experiência muito boa e, ao mesmo tempo, desafiadora devido ao nível técnico deles”, explica o jovem que será o solista em Reencontro, de Débora Gurgel.

A importância da EMESP Tom Jobim
Lucas Figueiredo ingressou na EMESP Tom Jobim em 2010. Estudou com os professores Mané Silveira e Eduardo Neves.  Atualmente, é aluno de Vinícius Dorin e faz Educação Musical na UNESP. “Eu entrei na EMESP quando tinha 15 anos, o que foi muito importante. A EMESP nos dá a possibilidade de tocar com nomes consagrados da música instrumental brasileira e isso é um estímulo muito grande para quem está estudando. Sabemos que a profissão de músico não é fácil, então ter essas referências próximas, como professores e orientadores, é muito importante. Tenho o desejo de lecionar aqui no futuro, pois gosto muito da escola”, completa.

Aluno da EMESP Tom Jobim desde 2012, Paulo Mantovani conheceu a escola por meio do professor Gustavo Barbosa Lima. “Eu nunca havia tido contato com tantos instrumentos juntos. Na minha cidade, só tinha tocado com clarinete saxofone e violino. Já na EMESP, tive a oportunidade de conhecer outros instrumentos. Os professores são super profissionais e abriram muito minha cabeça com relação à questão de saber ouvir o próximo. Neste ano, comecei a estudar improvisação livre”, conta.

Thiago Borges que também faz improvisação livre com o professor Gustavo Barbosa Lima conta que um dos diferenciais da EMESP Tom Jobim para sua formação musical foi o fato de ter tido contato com vários estilos musicais. “Quando eu entrei na escola, em 2008, tive aulas com Vitor Alcântara, que até hoje é uma das minhas principais referências no Brasil. Além disso, como o curso de improvisação livre não é voltado para o erudito ou o popular, envolve os dois, tem sido muito importante para abrir meus horizontes para outras possibilidades musicais”, conclui.
 

 

por Marcus Vinicius Magalhães

 

 

 

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