O dia 5 de outubro foi marcante não apenas para os corais do Guri – Coral Juvenil, Coral Infantil e Coral de Familiares – que subiram ao palco do Theatro São Pedro, mas, principalmente, para quem pôde prestigiar as apresentações que ocorreram ao longo do dia.
Com o objetivo de promover um dia inclusivo e acessível para todas e todos, a Santa Marcelina Cultura em parceria com a Ver com Palavras Audiodescrição, realizou concertos e uma oficina com recursos de acessibilidade – tradução em libras e audiodescrição, visando a integração de deficientes visuais e auditivos.
Iniciando com a apresentação do Coral Infantil e do Coral de Familiares, sob regência de Ana Yara Campos e Déborah Rossi, um público mais que especial adentrou ao Theatro com a expectativa de assistir a belos concertos, onde fosse possível participar de apresentações com recursos que lhes permitissem desfrutar da melhor maneira possível. E, segundo Pedro Russo, de 52 anos, deficiente visual, a expectativa foi atendida. “Eu me emocionei muito com as apresentações do Coral de Familiares e do Coral Infantil desta manhã. Eu viajei no meu tempo de criança com as canções do Sítio do Picapau Amarelo. Estou muito feliz por viver essa experiência.”
Não parou por aí. O dia foi intenso e o público não estava na expectativa apenas de prestigiar os corais do Guri, como também de participar de uma simples, porém contagiante, experimentação de instrumentos.
Ministrada por professores e alunos do Guri, a Oficina de Musicalização e Percepção Sensorial de Instrumentos contou com a presença de aproximadamente 20 participantes, onde 90% deles eram deficientes visuais e auditivos. Durante a oficina, muitos tiveram a oportunidade de sentir o instrumento, sua vibração e, outros, de ouvir o som emitido por ele e olhar os seus detalhes.
Alguns dos instrumentos demonstrados na oficina foram o violão, a flauta, o bandolim, pandeiro, caxixi, entre outros. Detalhe também para a flauta, que fez Abrão André Bispo, de 51 anos, deficiente visual, sair da oficina desejando fazer aulas e se aperfeiçoar no instrumento: “Eu adorei o dia que tivemos aqui. A apresentação do Coral Infantil e Coral de Familiares foi linda. Canções muito boas. Agora, essa atividade com instrumentos está me fazendo sair daqui com desejo de aprender a tocar flauta. O som é lindo!”.
Contagiado pela empolgação e engajamento do grupo, Pedro mencionou o quão profunda foi a experiência de poder sentir os instrumentos, além da ansiedade para assistir à apresentação do Coral Juvenil que aconteceria logo depois “Foi um dia único, muito diferente. Ter essa intimidade com os instrumentos que eu nunca tive, sentir a vibração e o formato. E ainda tem a apresentação do Coral Juvenil, que tenho certeza que todos nós vamos gostar muito.”
Encerrando a programação, o Coral Juvenil do Guri, sob regência de Eduardo Fernandes e direção cênica de Reynaldo Puebla, emocionou o público interpretando canções sobre o tempo. A temporada acessível continua no dia 30 de novembro, com uma apresentação do Coral Jovem do Estado, que acontece no Museu de Arte de São Paulo (MASP), às 18h, sob regência de Tiago Pinheiro.
Outros dois concertos com recursos de acessibilidade serão realizados em dezembro, com a Banda Sinfônica Infanto-Juvenil do Guri, também no MASP, no dia 8, às 16h30, sob regência de Reginaldo Thimóteo. Ainda no dia 8 de dezembro, a Orquestra Jovem do Estado encerra a temporada acessível de 2019, sob regência de Cláudio Cruz. O concerto acontece às 16h, na Sala São Paulo.
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