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Tarde de jazz e bate-papo com músicos da Juilliard School

27 de setembro de 2013

Escola norte-americana veio ao Brasil representada por estudantes de pós-graduação em performance de jazz; apresentação no CEU Meninos estimulou o público a conhecer o gênero

“Foi uma honra compartilhar nossa música com vocês”. Essa foi uma das tantas declarações de satisfação dos músicos do Juilliard Jazz Artist Diploma Ensemble por terem se apresentado no Horizontes Musicais no último dia 25, no CEU Meninos. Integrado por estudantes de pós-graduação da prestigiada instituição de ensino musical, o grupo tocou peças clássicas do jazz, mas também usou boa parte do tempo no palco para conversar e trocar experiências com a plateia.

O clima era de bastante descontração e informalidade. Os artistas começaram se apresentando e propuseram um exercício de percepção musical para o público. O saxofonista austríaco Lukas Gabric tentou ensinar um comportamento padrão nos concertos de jazz: os aplausos após performances de destaque. “Ao contrário da música clássica, quando algum músico faz um solo, vocês podem aplaudir em seguida. Ou então quando vocês ouvirem algum som que gostarem”, explicou. O baterista Jordan Young, brincando, contrariou o companheiro: “Se não gostarem, não precisam aplaudir. Isso significa que nós temos que nos esforçar mais”.

O pianista Reuben Allen, o mesmo que falou sobre a honra de tocar no Brasil, um país do qual é profundo admirador da produção musical típica, apreciou a receptividade das crianças e adolescentes. “Foi muito interessante se relacionar com um público jovem em um país novo para mim. Aparentemente, eles gostaram bastante e fizeram muitas perguntas. Gostei muito disso”, considerou.

Para o guitarrista canadense Greg Duncan, que conduziu a maior parte da interação com os 90 alunos de três polos que assistiam ao concerto, “é mais tranquilo tocar para crianças pois eles captam as coisas de uma maneira intuitiva, percebem a energia da música”.

O estudante de violão Diego Henri Richelli, 18, disse que entrar em contato com músicos de alta qualidade “inspira a gente porque vemos que eles começaram a tocar desde pequeno e nós queremos ser como eles”. A menina Brenda de Morais, 16, estudante de baixo elétrico, foi direta ao ponto: “Fazer parte de um grupo desses é o sonho de qualquer pessoa que tem aula no Guri ou que estuda um instrumento”. E garante: “Achei maravilhoso. Vou escutar [jazz] para a vida inteira”.

Aos que pretendem seguir o caminho do jazz, Allen faz algumas sugestões. “O mais importante é escutar música de qualidade. Se você sentiu algo forte pelo acabou de ouvir, descubra formas de tornar-se um músico e se surpreender sempre com a música. Além disso, pratique bastante, com dedicação, tempo e paciência, para que vá se tornando cada vez melhor como músico”. Duncan completa: “O jazz tem muitos detalhes. O interessante é extrair o máximo desses detalhes”.

A participação dos jovens músicos da Juilliard School na série de concertos didáticos do Guri faz parte da plataforma internacional de cooperação que a Santa Marcelina Cultura desenvolve com instituições de ensino de diferentes países. A parceria com a escola estadunidense é uma das mais antigas e se dá desde 2008. 

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