Os três projetos incentivados pelo FUMCAD no ano passado terão continuidade em 2013; equipes dos polos tiraram dúvidas em reunião de início de ano
Professores, assistentes sociais, monitores e agentes de polo participaram na tarde desta sexta-feira (15) de um encontro com gestores do Programa Guri no intuito de apresentar e tirar dúvidas dos três projetos incentivados com recursos do FUMCAD (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente): Trabalhando a Deficiência, Protagonismo Infanto-Juvenil e Guri pra Valer. O evento foi realizado no Instituto de Artes da UNESP, na Barra Funda.
Os projetos vêm sendo realizados desde o segundo semestre do ano passado em polos da cidade de São Paulo edeverão se estender por mais seis meses, atingindo diretamente milhares de crianças e adolescentes dos 6 aos 18 anos, além de integrantes das comunidades das quais fazem parte e familiares.
O Trabalhando a Deficiência, executado pela Oscip Mais Diferenças, tem como proposta ações inclusivas direcionadas a pessoas com diferentes tipos de deficiência. Para Carla, gestora da organização, “ainda é um tema que precisa ser disseminado na sociedade”. “Precisamos trabalhar nas perspectivas dos direitos do cidadão, compartilhando esse conhecimento”.
O primeiro momento do projeto foi em dezembro, quando foi realizada uma pesquisa com 163 membros de equipes que trabalham diretamente com os guris. O cronograma de atividades prevê, agora, trabalhos de capacitação e discussão com cinco turmas e dois grandes encontros, entre março e maio. Também será realizada uma oficina sobre tecnologia e inclusão e um seminário que abordará a problemática específica do ensino musical para portadores de deficiência.
Para o professor de violão Pietro Carlo, um projeto como esse é “muito bem-vindo porque ainda não temos uma metodologia para lidar com situações de alunos com deficiência”. Ele relata a experiência que teve dando aula para um aluno deficiente visual e para uma aluna que tinha déficit cognitivo. “Como eu vou ensinar a partitura para alguém que é cego? Como vou fazer para mantê-lo no mesmo nível que os demais alunos do grupo?”, perguntava-se.
Com um viés voltado à questão da formação da cidadania dos jovens, o Protagonismo Infanto-Juvenil, que tem como parceira do Programa Guri a ONG Instituto Macuco, foi representado no evento pela gestora Márcia Guerra. Ela informou que a perspectiva é atender a 7 mil crianças e adolescentes de 12 a 18 anos, no total.
“Um dos objetivos do nosso trabalho é contribuir para a formação político-pedagógica dos adolescentes”, explicou. Além disso, pontuou que é importante que os jovens obtenham conhecimentos acerca do funcionamento e objetivos de projetos sociais, de maneira que possam “se engajar em lutas atreladas aos territórios em que estão inseridos”.
Por último, os educadores da Cia. Malas Portam, que toca o Guri Pra Valer, realizaram uma intervenção teatral nos moldes do que é feito com os alunos. O projeto visa incentivar a apropriação da palavra, da leitura e da escrita, justificado por um diagnóstico de que há um déficit de leitura que chega a prejudicar o estudo da música.
Os três projetos são patrocinados por: Astrazeneca, Bank of America, Redecard, ISA-CTEEP e Instituto Camargo Corrêa.
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