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9ª Jornada de Formação Sociopedagógica do Guri

08 de março de 2016

 Aproximadamente 200 profissionais do Guri – professores, monitores, agentes de apoio, assistentes sociais, além da equipe interna da sede, marcaram presença na Jornada, com palestras, apresentações musicais, grupos de discussão e reflexões

De 1 a 3 de fevereiro, os profissionais do Guri se reuniram na 9ª Jornada de Formação Sociopedagógica para abordar questões pedagógicas, musicais e sociais, que perpassam o cotidiano dos nossos alunos e alunas, seus familiares e dos próprios profissionais, por meio de palestras e apresentações musicais, com a participação da pedagoga Eunice Sousa do Nascimento e da psicóloga Marisa Feffermann. 

Realizada na Escola Técnica Estadual Santa Ifigênia (ETEC), a 9ª Jornada,  envolveu todas as áreas técnico-musical, social e administrativa e teve como principal objetivo instrumentalizar os profissionais, promovendo a atualização e debate de temas multidisciplinares, pertinentes às ações desenvolvidas no Programa. O Encontro apresentou e discutiu temas atuais, além de mostrar os resultados da pesquisa de opinião de 2015. “Juventude e lei sob a vigilância do Estado Penal” e “Desafios da educação inclusiva – o papel do(a) educador(a) no exercício do direito à educação musical de alunos(as) com deficiência” foram discutidos por Marisa Feffermann e Eunice Sousa do Nascimento, respectivamente.  

 

“Os encontros de formação são muito importantes, pois oferecem palestras com professores e pesquisadores das áreas de educação, cultura e assistência, oportunizando um aprendizado mais aprofundado de questões que são recorrentes na rotina dos polos. Nem sempre é possível complementarmos nossa formação fora do horário de trabalho, e poder fazer isso como parte de nossas atividades dentro do Guri é sensacional. É uma forma de alinharmos conceitos e manejos, falando a mesma língua das equipes dos polos, atendendo com maior qualidade às demandas dos pais e alunos, explica Artur Mucci, monitor no polo PEFI Imigrantes e CEU Capão Redondo. 

Os desafios da educação inclusiva e quais são os papéis dos educadores no exercício do direito à educação musical foram alguns dos temas abordados pela palestrante Eunice Sousa do Nascimento. “A oportunidade de convivência com os alunos com deficiência, possibilita desenvolvermos em nossa prática diária a colaboração, solidariedade e a humanização entre os educandos. Aspectos que nem sempre estão inseridos nas matérias aplicadas. Todos ganham, pois, a aprendizagem nesses casos acontecem de forma significativa e funcional para a vida toda”, enfatiza. 

Para possibilitar e ampliar a troca de vivências e experiências entre alunos e alunas de diferentes regiões, ao longo de 2015 o Guri realizou encontros temáticos que integraram o programa de  Intercâmbio entre Polos. A ação, apresentada por Lilian Elvira, supervisora da Área Social, teve como proposta utilizar os múltiplos conhecimentos dos profissionais que compõem as equipes de polos para realizar uma ação que fizesse referência a essa troca de saberes, abordando temas cujo objetivo é desenvolver atividades sociopedagógicas. Nesses encontros, foram apresentados os trabalhos desenvolvidos por polos que abordaram uma temática em comum. Vivência de jogos teatrais, um dos temas do projeto, foi exposto por Márcia Cristina Silva, assistente social do Polo CEU Perus. 

 

WAE Sistema Acadêmico de administração escolar, utilizado tanto no Guri como na EMESP, todavia, com bases separadas, para matrículas, cadastro de alunos, emissão de notas e faltas, foi exibido por Adriana Rodrigues, secretária geral do Guri, que pontuou as alterações do sistema, ouviu as dificuldades e esclareceu todas as dúvidas. 

No último dia da jornada, mães dos polos CCA Itaquera e do CEU Jambeiro foram convidadas para relatar suas experiências, já que nesses polos há um trabalho de empoderamento da mulher. “Nós, mulheres, temos dupla ou até mesmo tripla jornada de trabalho e em muitos momentos, nos esquecemos de nós, de nossas potencialidades e isso não é um fator positivo, pois nos anulamos enquanto seres humanos. Sabendo disso, buscamos trabalhar a autoestima das mulheres, oferecendo o espaço de escuta, partilhas e isto reverbera positivamente na vida delas”, comenta Cristina Palazzo, assistente social no Polo CCA Itaquera. 

Muitas das mães envolvidas neste projeto, a partir do Guri, encontraram um incentivo para voltar aos estudos, ao trabalho, a sonhar. “Fiquei muito feliz em ter ouvido o depoimento de uma das mães, pois, na verdade, ela “se ouviu”, eu fui apenas uma ponte. A protagonista desta história é esta mãe, mulher, cidadã brasileira. Ser humano com desejos, sonhos, vontades e que hoje se enxerga, se valoriza, multiplica isso nos grupos sociais em que está inserida e isto vai além do Programa. Essa mãe ampliou seu campo de visão, abrindo a escuta e o olhar para si, após mergulhar em sua essência mais profunda, enxergando suas potencialidades, se reconhecendo como mulher empoderada, explica Cristina Palazzo. 

 

Durante os três dias de jornada, professores de Teoria Musical, coordenados por Lidiana Mincov; Cordas, por Jean Casimiro; Improvisação, por Santiago Steiner; Percussão e Bateria, por Ricardo Appezzato; Sopros, por Marcelo Silvério e, de Voz por Giuliana Frozoni realizaram apresentações musicais. 

Para os próximos encontros, Maíra Kobayashi, monitora do Polo Perus, sugere temas como a questão da mulher e identidade de gênero, para ela são essenciais para o debate na atualidade. “Devido à demanda de alunos que não se enquadram na heteronormatividade imposta de forma tão violenta pela sociedade, acredito na importância deste debate no Guri, para melhor capacitação de professores e equipe de polo, com vista ao melhor atendimento dos alunos. Outro tema primordial são as realidades específicas de cada periferia, envolvendo religiosidade e violência, importantes para o entendimento da realidade dos alunos e possíveis articulações no polo”, afirma Maíra. 

Em julho, estão previstas, entre os dias 19 e 29, as Capacitações de Áreas e, de 28 a 29, o Encontro Sociopedagógico.

 

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