No dia 8 de dezembro, o Regional de Choro Infanto-Juvenil realiza apresentação no Museu da Imigração, com regência de Marcelo Cândido e participação da solista Wanessa Dourado.
Primeiro gênero genuinamente nacional, o choro tem suas raízes em ritmos europeus, como mazurca, polca e valsa. As peças estrangeiras começaram a receber influências de manifestações africanas, como o batuque e o lundu, e da interpretação mais afetuosa e sentimental que lhes foi dada veio o nome do novo estilo, choro. Desenvolvidos a partir de uma dinâmica flexível, os conjuntos têm como base uma seção rítmico-harmônica – com violão, violão de sete cordas, cavaquinho e percussão – e solistas – flauta e saxofone. A formação pode variar, compreendendo também instrumentos como tuba, trombone, bandolim e até violino. Inicialmente associados ao folclore de cada parte do Brasil, os grupos se apresentavam com roupas típicas, recebendo aí a denominação de “regionais” de choro. Fundamentado especialmente na tradição oral, o choro recebe do Guri um tratamento especial, que visa conciliar a interpretação – preservando a liberdade dos instrumentistas – com a pedagogia musical – investindo na sistematização do ensino, com estudos aprofundados e produção de partituras e arranjos próprios. É na roda de choro que os estudantes, após atingir um elevado nível técnico, desenvolvem uma relação pessoal com seu instrumento, explorando as entrelinhas do idioma musical.
Marcelo Cândido, regente convidado
Wanessa Dourado
Rua Visc. de Parnaíba, 1316 – Mooca, São Paulo – SP, 03164-300
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