Alunos do Guri, EMESP e do Projeto Vale Música de Belém se reuniram, em 25 de maio, no auditório Zequinha de Abreu, na EMESP Tom Jobim, e trocaram experiências musicais e culturais
Foi uma atividade pedagógica de apenas uma tarde, mas o suficiente para os quatro grupos que participaram do I Encontro de Percussão da Santa Marcelina Cultura saírem diferentes. O Grupo de Percussão do polo CEU Vila Atlântica, dois Grupos de Percussão da EMESP, popular e erudito, e o naipe de percussão do Projeto Vale Música de Belém (PA) se encontraram na EMESP para trocar experiências musicais e culturais durante a tarde do dia 25 de maio.
A proposta de reuni-los surgiu a partir de sugestão de Marcos Matos, o Pará. Ele lecionou no Guri entre 2008 e 2010 e atualmente é professor da área de percussão de câmara do Vale Música, parceria entre a Fundação Amazônica de Música e Fundação Vale, com sede na capital paraense. O programa oferece cursos de música, com formação erudita, para mais de 300 alunos com idades entre 15 e 24 anos, estudantes de escolas públicas locais.
A passagem do grupo comandado pelo professor Pará por São Paulo fez parte de uma turnê que ocorreu na última semana de maio, incluindo três encontros: 1) a 4ª Mostra Brasil – Juventude Transformando com Arte, realizada no Rio de Janeiro, na qual o Coral Infanto-Juvenil participou em 2010; 2) o I Encontro de Estudantes de Percussão da Santa Marcelina Cultura; 3) e um intercâmbio com o grupo Piap, na Unesp.
Cada grupo do Encontro de Percusssão mostrou um pouco do trabalho que vêm realizando. Quatro alunos do polo Vila Atlântica, orientados pela professora Cláudia Oliveira, apresentaram a peça Vous aves du feu, de Emmanuel Séjoruné, utilizando o corpo e isqueiros como instrumento de percussão. Os grupos da EMESP orientados por Edu Ribeiro (popular) e Paulo Zorzato (erudito) mostraram um pouco da produção musical da escola. E o grupo visitante apresentou trabalho que mistura a música de concerto e o carimbó, ritmo típico da região Norte.
Para a professora Cláudia, o resultado foi muito positivo, porque “intercâmbio não é só tocado, é escutado e vivido, e foi o que vimos acontecer aqui”. O professor Pará conta que a troca de experiências foi fundamental para o crescimento dos jovens do projeto pela “responsabilidade profissional que tiveram que assumir”. Ele lembra ainda que “o contato com culturas diferentes e músicos nacionalmente reconhecidos”, foi outro diferencial dessa viagem, que também serviu para rever amigos e ex-alunos.
Valéria Zeidan, coordenadora pedagógica do Guri, considerou a atividade um dos grandes momentos do Programa neste ano, um “encontro de aluno para aluno, onde todos puderam se conhecer e entender melhor como o outro lida com a riqueza cultural de cada região”, finaliza.
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