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Aluno do Guri Santa Marcelina é primeiro colocado na prova da Tom Jobim EMESP

05 de março de 2010

Dia 12 de fevereiro vai ficar marcado na vida de Diego da Silva Gomes, aluno do polo CEU Vila Curuçá. Pela manhã, ele foi até uma lan house próxima a sua casa, no bairro do Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo, acessar o site da Tom Jobim EMESP (www.emesp.org.br) para ver sua classificação no processo seletivo 2010 na prova de violão erudito, instrumento que aprendeu a tocar no Guri Santa Marcelina (GSM).

“Uhu, passei, passei em primeiro” foi o que os frequentadores do local, muitos dos quais conhecidos de Diego, ouviram. A alegria foi geral e todos cumprimentaram o garoto de 16 anos, escolhido pelos organizadores do processo seletivo como o melhor dos 18 candidatos que chegaram à fase final. O rapaz se tornou o primeiro aluno do GSM a conseguir uma classificação tão boa no processo seletivo da EMESP.

A história de Diego é exemplo do sucesso do programa desde que a Santa Marcelina Cultura passou a gerir 20 polos de iniciação musical e formação em instrumento musical na cidade de São Paulo, em 2008.

Segundo filho de uma família de sete irmãos, Diego chegou no GSM logo que o polo abriu suas primeiras vagas. “Fiz a matricula no dia 6 de agosto”, indicado por uma vizinha que não conseguiu convencer seu filho a se matricular no curso. Diego tinha um violão que dividia com os amigos nas festas e encontros para vê-los tocar, o que chamou atenção da incentivadora. Seu pai, vendedor e admirador da música popular brasileira, dera-lhe o instrumento, mas não tinha condições de colocá-lo em uma escola de música. “Fiz somente uma semana de aulas com um músico do bairro, mas meu pai comprava muitas revistas com partituras.”

Segundo Pietro Carlo, professor de violão nos polos CEU Vila Curuçá e Perus, Diego chegou com certos vícios, e um bloqueio em tocar música erudita. “Ele não gostava de ler partitura. Com o tempo ficou mal porque não conseguia acompanhar o desenvolvimento da turma. Então mudei o método de ensino e deu certo. Ele tinha suas dificuldades, mas se esforçava para acompanhar o ritmo.”

Mesmo com dificuldades, Diego se destacava por compor músicas. Uma delas, “Onde Encontrar”, dedicada a uma das alunas do coral, paixão do rapaz desde que entrou no GSM, “chamou a atenção dos amigos que a indicaram para tocar na comemoração do aniversário do CEU, no ano passado”, recorda Edileusa Maria, assistente social do polo. O professor Pietro fez os arranjos para outros instrumentos e coral. Após a apresentação, Diego se declarou a Letícia, que não sabia de nada. “Eu gostava dela. Depois de um tempo conversei com a mãe e vai fazer uns quatro meses que a gente namora.”

Anderson Rodrigues, monitor do polo aponta a integração entre alunos, professores e a comunidade que frequenta o CEU. “Muitos chegam tímidos e se desenvolvem. Outro ponto importante é que a comunidade é bastante atuante e participa das atividades.”

Quem se surpreendeu com toda essa integração foi o professor Pietro. “No final do ano (2009) os alunos pediram uma partitura de uma das peças utilizadas em aula. Eu passei e depois das férias todos vieram tocando. Ajudei a acertar alguns pequenos problemas e ficou muito bom. Uma dessas peças, Valsa Venezuelana (nº2, de Antonio Lauro), o Diego tocou na prova”.

Diego está muito feliz com o resultado. Enquanto aguarda ser chamado pela EMESP faz muitos planos. “Não esperava ser o primeiro. Antes eu pensava, se não for a música, quero gastronomia. Agora quero ser um grande músico, um grande violonista. Não vou deixar o Guri, acho o clima legal e gosto do professor Pietro, que me ajudou bastante. Vou fazer os dois cursos e mudei as aulas (do 2º ano colegial na EE Prof. Armando Gomes de Araújo) para a noite. A música é minha prioridade, é o que eu quero para minha vida.”

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