Santa Marcelina Cultura

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A música transforma quem faz e quem escuta

Postado por marina em 23/maio/2022 -

Há algo de excepcional que acontece quando o silêncio do hospital é interrompido pelas cordas do violão. A acústica do instrumento transforma subitamente o ambiente neutro em um local familiar. Nota-se que é algo vivo, e quando a música se aproxima, uma procissão de força e som, é difícil se manter impassível ao toque do tamborim, à alegria do pandeiro. E a voz humana chega, rica, expansiva. É a chegada de alunos e alunas dos Hospitais Musicais para intervenções pelos corredores dos hospitais, trazendo acolhimento, promoção do bem-estar em ambientes hospitalares e democratizando a música em espaços complexos de difícil acesso.

Em parceria com os Doutores da Alegria, o programa Hospitais Musicais da Santa Marcelina Cultura promove formações especializadas de alunos e alunas, com o objetivo de preparar os músicos e musicistas através de vivência em ambiente profissional, gerando oportunidade de inserção no mercado de trabalho, promovendo a democratização do acesso à música e bem-estar no ambiente hospitalar.

Ocupa São Pedro 2018

Postado por marina em 07/dez/2018 -

O Theatro São Pedro realiza a segunda edição do Ocupa São Pedro entre os dias 14 e 16 de dezembro. Orquestra do Theatro São Pedro, Orquestra Jovem Tom Jobim e grupos de música de câmara vão se apresentar no saguão, no fosso e no palco do #NossoTheatro. As apresentações no saguão e no fosso serão gratuitas. Haverá cobrança de ingressos para os concertos realizados no palco.

Ocupa São Pedro 2017 | Heloísa Bortz

14/12, sexta-feira

20h Orquestra Jovem Tom Jobim visita Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal
Local: Palco

15/12, sábado

11h Concerto de Natal com o Quarteto de Cordas Orthesp
Local: Saguão

15h Metais e Percussão da Orthesp
Local: Saguão

Steak & Kidney Supper (Bryan Lynn)

Prelude #2 (Geroge Gershwin)

Killer Tango (Sonny Kempanek)

De volta pro meu Aconchego (Fernando Manoel Correia / Jose Domingos De Moraes)

El Gato Montés (Manuel Penella)

15h40 Música Contemporânea Brasileira (Fábio Simão, Daniel Oliveira e Carlos Santos)
Local: Saguão

Matiz VI (Rodrigo Lima)

Hyper-Toccata  (Edson Zampronha)

Plataprufticu  (Carlos dos Santos)

Versos Livres (William Billi)

Dance oficial seven veils (Carlos dos Santos)

16h20 Duo Encantados – Duo de Clarinetes com Daniel Oliveira e  Rafael Schmidt
Local: Saguão

Baroque  (Edited by H. Voxman)

Étude de Déchifrage (Henry Sarlit)

Barroco (Jean Marie Declaire)

Sonata For Two Clanites (Francis Poulenc)

Jazz Set (William O. Smith)

Grand Duo Concertant (Carl Maria von Weber)

The Chase  (Olivier Truan)

Espinha de bacalhau (Severino Araújo)

Valsa Brasileira  (Edu Lobo e Chico Buarque)

17h10 Quarteto de Saxofones
Local: Saguão

Premier Quartour (Jean Baptiste Singelee)

Quartour (Pierre Max Dubois)

3 Movimento do Concertino (Half Hermann)

Histoire du Tango (Astor Piazzolla)

1×0  (Pixinguinha)

17h50 Música aleatória? Intuitiva? Indeterminada?
Local: Fosso da Orquestra

Four (John Cage)

Aus den sieben tag

Serenata per un satélite (Bruno Maderna)

Treatise  (Cornelius Cardew)

18h30 Quinteto de Cordas com Piano
Local: Saguão

Quinteto em Lá maior, D. 667 – “Truta” (F. Schubert)

20h Orquestra do Theatro São Pedro com Ricardo Kanji e Antonio Meneses
Local: Palco

16/12, domingo, das 12h às 15h30

11h Orquestra Jovem Tom Jobim visita Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal
Local: Palco

12h30 Grupo À4 – Quarteto de Percussão
Local: Saguão

Mantra – Fernando Miranda

Mosaico – Giovanni Aglio

Afoxé – Luiz Roberto Sampaio

Campanário – Rafael Y Castro/Júlio César

13h Duo Clowrinetas com Diogo Maia e Daniel Oliveira
Local: Saguão

Música de apresentação

O Racha

Unindo as Forças

Dividir para multiplicar

Clarinetas comestíveis

Alagamento  Sons estranhos

13h50 Músicas Judaicas com Trio Harpa, Clarinete e Percussão
Local: Saguão

Mantra Ahinsa

Narayama

Babsi’s decision (H. Eisel)

Halleluia

On Sabbath Day

Tarra’s freilach (D. Tarras)

In the footsteps of bratzlav

Chassidic Song

The Fire Dance (J. Hein)

14h30 Quarteto de Saxofones (Grupo Jovem)
Local: Saguão

Premier Quartour (Jean Baptiste Singelee)

Quartour (Pierre Max Dubois)

3 Movimento do Concertino (Half Hermann)

Histoire du Tango (Astor Piazzolla)

1×0  (Pixinguinha)

17h Orquestra do Theatro São Pedro com Ricardo Kanji e Antonio Meneses
Local: Palco

Hercules Gomes

Postado por marina em 23/ago/2018 -

Natural de Vitória (ES), Hercules iniciou seus estudos aos 13 anos como autodidata e pouco tempo depois já tocava em bandas do cenário musical capixaba. Estudou na Escola de Música do Espírito Santo (a então EMES) e posteriormente ingressou no curso de Música Popular na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde se formou bacharel.

Apresentou-se em alguns dos mais importantes festivais de música no Brasil e no exterior como a MIMO, em Ouro Preto (MG); o Festival Brasil Instrumental, em Tatuí (São Paulo); o Gourmet Jazz Festival, em Águas de São Pedro (SP); o XV CCPA Jazz Festival, em Assunção (Paraguai); o 25º Festival Internacional Jazz Plaza, em Havana (Cuba); e o Festival Piano, Piano, no Centro Cultural Kirchner, em Buenos Aires (Argentina).

Em 2012 foi o vencedor do 11º Prêmio Nabor Pires de Camargo – Instrumentista, promovido pela Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, em homenagem ao importante compositor natural da cidade.  E em decorrência do Prêmio Nabor, em 2013 recebeu Outorga do Colar do Centenário pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Em 2014 foi vencedor do I Prêmio MIMO Instrumental promovido pelo maior festival de música instrumental do Brasil (MIMO) com o objetivo de revelar novos talentos.

Já participou de trabalhos com músicos de renome como Arismar do Espirito Santo, Vinicius Dorin, Sizão Machado, Alessandro Penezzi, Wilson das Neves e Bruna Caram, dentre outros. Em 2014 participou do projeto GOMA-LACA – Afrobrasilidades em 78 RPM ao lado do maestro baiano Letieres Leite, projeto que resgatou músicas do candomblé, capoeira, jongo, maracatu, embolada e choro originalmente gravadas entre as décadas de 1920 e 1950. E em 2015 participou do projeto Gravação dos Concertos Cariocas de Radamés Gnattali no qual interpretou o Concerto Carioca nº 2 com a Orquestra Sinfônica de Campinas. Participou como professor ministrando palestras, oficinas e workshops em importantes festivais como a 32ª Oficina de Música de Curitiba e o II Festival de Piano de Natal.

Em 2013, lançou seu primeiro trabalho solo no qual demonstra suas fortes influências de ritmos brasileiros, jazz e da música erudita aliadas a uma técnica refinada traduzindo ao piano seu universo sonoro. Com 6 composições próprias e 6 arranjos para músicas de compositores como Edu Lobo, Hermeto Pascoal e Ernesto Nazareth, o CD Pianismo traz fotografias panorâmicas do piano brasileiro com muito ritmo e lirismo. Hercules é considerado um dos mais representativos pianistas brasileiros da atualidade não somente por suas habilidades técnicas mas também pela escolha do seu expressivo repertório.

Messias Britto

Postado por marina em 23/ago/2018 -

Messias Britto, músico precoce e autodidata, natural de Euclides da Cunha, no sertão baiano, com 12 anos viu um cavaquinho pela primeira vez. Aos 14 anos, conheceu o choro ao ouvir Waldir Azevedo em um disco de vinil, fascinado pelo gênero, formou com amigos o primeiro grupo de choro do sertão baiano, “Os Chorões do Cumbe”.

Com 19 anos se mudou para Salvador, a convite do Clube do Choro da Bahia. Na capital, deu aulas práticas de cavaquinho e fez parceria com o SESI, levando o projeto “Cavaquinho na Música Brasileira” para várias escolas, tocando um repertório de choro e MPB.

Além do Clube do Choro, Messias fez parte do Grupo Mandaia. Dono de uma musicalidade natural e expressiva, demonstrada com uma técnica própria, ágil e precisa, seu cavaquinho vai além do esperado.

Em 2011, o músico foi morar em São Paulo e iniciou um intercâmbio musical formando o “Quarteto Aeromosca” junto com os músicos Gabriel Rosário (BA), Gian Correa (SP) e Rafael Toledo (SP).

O álbum foi lançado em 2013, contando com as participações especiais de Armandinho Macêdo e Yamandú Costa, ambos admiradores do jovem cavaquinista, que também é admirado pelo grande Paulinho da Viola que faz questão de mencionar Messias como um dos maiores talentos da atualidade.

Depois de conquistar o Festival de Música da Rádio Educadora da Bahia, como “Melhor Intérprete Instrumental” por dois anos consecutivos (2012 e 2013), lançou em 2014 o seu primeiro álbum “Baianato” em que ao lado de um repertório quase que totalmente autoral, registra sua surpreendente interpretação da clássica “Espinha de Bacalhau”, do compositor pernambucano Severino Araújo.

Em 2016, foi vencedor do Prêmio MIMO e, em 2017, gravou o primeiro disco em que o cavaquinho atua sozinho do início ao fim: Cavaquinho Polifônico.

Messias  vem se destacando como uma das grandes revelações da música instrumental brasileira.

Bebê Kramer

Postado por marina em 23/ago/2018 -

Alessandro Kramer, nasceu na cidade de Vacaria, no estado do Rio Grande do Sul, e começou a tocar acordeon ainda muito jovem, inspirado pelo seu pai, Alencar Rodrigues, um acordeonista bastante conhecido na região. Alessandro, hoje mais conhecido como Bebê Kramer, é considerado um dos maiores acordeonistas do Brasil na atualidade e é um dos nomes mais significativos da nova geração de acordeonistas também no exterior. Como compositor, Bebê apresenta uma estética musical inovadora, na qual traz a expressão de sua fonte inicial, o Rio Grande do Sul, com a junção de outros sotaques, sempre tendo como característica principal sua forte energia ao tocar.

O começo da sua carreira como músico profissional, aconteceu ainda na adolescência, e ganhou força quando escolheu a cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, para ser o palco do seu crescimento musical, vindo a tocar com músicos altamente conceituados, como Guinha Ramires, Alegre Correa, Toninho Horta e Arismar do Espírito Santo. Ainda em Santa Catarina, com outros quatro grandes músicos; Endrigo Bettega, Ronaldo Saggiorato, Guinha Ramires e Mario Conde, Bebê formou a banda chamada Dr. Cipó, com a qual gravou três álbuns que são uma importante referência para músicos e admiradores da música de todo o mundo. O álbum “A Casa”, marca o início de sua carreira solo, tendo as participações de Guinha Ramires, Guto Wirtti e Hamilton de Holanda, com a produção de Alegre Correa.

Em 2008, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vive desde então, e este é certamente o lugar onde seus horizontes musicais se expandiram, tornando-o um dos mais renomados músicos no cenário da música instrumental Brasileira hoje em dia. Com Guinha Ramires e Alegre Corrêa gravou, na Áustria, o CD “Laçador”, o qual apresentou em diversos países da Europa e surpreendeu público e crítica. Participou, ao lado de Yamandu Costa, da gravação de um DVD ao vivo, com o qual excursionou pela China e Europa. Gravou o CD “Realejo”, com Gabriel Grossi, trabalho onde desfrutam da intimidade musical que lhes é peculiar. Sua parceria com Toninho Ferragutti resultou no CD “Como Manda o Figurino”, com composições de ambos, e repertório variado.

Sua versatilidade é destacada no CD “Roda Gingante”, com Arismar do Espírito Santo, Gabriel Grossi, Leonardo Amuedo e Thiago Espírito Santo. Com os músicos Yamandu Costa, Rogerio Caetano e Luis Barcelos, gravou o álbum “Tocata à Amizade” vencedor do Prêmio da Música Brasileira em duas categorias. “Alessandro Kramer Quarteto” seu último trabalho, traz as participações de Guto Wirtti, Luis Barcelos e Sergio Valdeos, e apresenta claramente sua identidade musical, mesclando a tradição da música gaúcha com a ousadia que é sempre tão presente na sua musicalidade. No primeiro, aposta-se num evento e num resultado; um expresso combina vários mostbet pt Nem todos os países permitem apostas. Em alguns países, apostar no desporto é completamente ilegal

Ao longo da sua carreira, Kramer já gravou e tocou com grandes artistas da música Brasileira e mundial, tais como; Hermeto Paschoal, Guinga, Arismar do Espírito Santo, Toninho Horta, Moraes Moreira, Paulo Moura, Silvério Pontes, Zé da Velha, Hamilton de Holanda, Marco Pereira, Carlos Malta, Yamandú Costa, bem como os acordeonistas Dominguinhos, Osvaldinho do Acordeon e Renato Borghetti.

Sua música já o levou em turnês por diversos países do mundo como: França, Espanha, Bélgica, Alemanha, Itália, Suíça, Holanda, Israel, China, Angola, Argentina, Liechtenstein e Austria. Nesse último, participou por duas vezes do Festival de Acordeon de Viena, sendo considerado pelos críticos como um dos pontos altos do evento. Com seu notável conhecimento de harmonia e improvisação, Bebê teve sua primeira base, principalmente na música do seu Estado natal, Rio Grande do Sul, e hoje, toca chorinho, samba, tango, jazz e todos os outros estilos musicais com grande desenvoltura.

Anton Bruckner e Heitor Villa-Lobos

Postado por marina em 09/mar/2018 -

A Orquestra Jovem do Estado realiza a abertura de sua temporada com dois concertos especiais em março. O primeiro é no dia 10, às 16h, no Teatro Municipal Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano do Sul, com entrada gratuita. O outro é na Sala São Paulo, também às 16h, com ingressos a R$ 30 e R$ 15 (meia). Sob regência do maestro Claudio Cruz, o grupo vai interpretar a Sinfonia nº 4, Romântica, de Anton Bruckner, e Martírio dos Insetos, de Heitor Villa-Lobos.

Leia abaixo os comentários do professor da EMESP Tom Jobim, Hermes Jacchieri, sobre o repertório:

Anton Bruckner (1824 -1896), Sinfonia nº4 “Romântica”

A quarta sinfonia teve a sua estreia em 1881 e foi a primeira obra de Anton Bruckner a obter sucesso quando o compositor já contava 57 anos. O título “Romântica” se refere a concepção do romance medieval e tem influência direta das óperas Siegfried e Lohengrin de Wagner.

Bruckner, sozinho, conseguiu criar uma nova escola de escrita sinfônica. Alguns classificaram-no como um conservador, alguns como um radical. Realmente ele era uma fusão de ambos. A sua música, embora wagneriana em sua orquestração e em seus enormes desenvolvimentos, possui raízes em estilos mais antigos. Bruckner tomou a Nona Sinfonia de Bheethoven como ponto de partida.

A introdução ao primeiro movimento, começando misteriosamente e escalando lentamente com fragmentos do primeiro tema para a gigantesca declaração completa desse tema, foi assumida por Bruckner; assim como a coda impressionante do primeiro movimento.

O movimento scherzo e lento, com sua alternância de melodias, são modelos para movimentos médios espaçosos de Bruckner, enquanto o final com um grande hino culminante é uma característica de quase todas as sinfônicas do compositor.

Bruckner é o primeiro compositor desde Schubert sobre quem é possível fazer tais generalizações. Suas sinfonias seguiram deliberadamente um padrão, cada um construído sobre as realizações de seus antecessores. Seu estilo melódico e harmônico mudou pouco e teve tanto de Schubert nisso quanto de Wagner. A sua técnica no desenvolvimento e a transformação dos temas, aprendida de Beethoven, Liszt e Wagner, foi insuperável e ele era quase igual a Brahms na arte da variação melódica.

Apesar de sua dívida geral com Beethoven e Wagner, a “Sinfonia Bruckner” é uma concepção única, não só por causa da individualidade de seu espírito e seus materiais, mas ainda mais por causa da originalidade absoluta de seus processos formais.

No início, esses processos pareciam tão estranhos e sem precedentes que foram levados como evidência de pura incompetência. Agora é reconhecido que os métodos estruturais não ortodoxos de Bruckner eram inevitáveis.

Bruckner criou um novo e monumental tipo de organismo sinfônico, que abjurou a continuidade tensa e dinâmica de Beethoven, e a ampla e fluída continuidade de Wagner para expressar algo profundamente diferente de qualquer compositor, algo elementar e metafísico.

Devido à longa duração e a vasta orquestração de grande parte de sua música, a popularidade de Bruckner se beneficiou grandemente da introdução de mídias de reprodução longa e de melhorias na tecnologia de gravação.

Em parte, porque ambos escreveram longas sinfonias e, em parte, por causa das execuções e gravações de Bruno Walter, Bruckner e Mahler, frequentemente mencionados juntos no século XX.

Heitor Villa-Lobos (1887-1959), O Martírio dos Insetos

A peça foi composta entre 1917 e 1925, e é constituída por três movimentos: o primeiro, intitulado “A Cigarra no Inverno”, escrito em 1925, é dedicado a Oscar Borgerth; o segundo, O Vagalume na Claridade, também escrito em 1925, é dedicado a Mariuccia Iacovino; o terceiro, A Mariposa na Luz, escrito em 1917, é dedicado a Mário Caminha.

Trata-se de uma obra de caráter concertante, com um violino solista acompanhado por orquestra sinfônica. O terceiro movimento foi o primeiro a ser apresentado ao público, em 9 de dezembro de 1922, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, contando com a participação de Paulina d’Ambrosio como solista e regência do próprio compositor. Entretanto, somente no ano de 1948, no Rio de Janeiro, ocorreu a primeira apresentação da obra completa, executada pela Orquestra Sinfônica da Rádio Nacional, com Oscar Borgeth como solista e regência de Léo Perachi.

Essa obra é característica da segunda fase da criação de Villa-Lobos; o compositor começa a construir uma sonoridade própria e se distanciar dos parâmetros da fase anterior de influência impressionista. Sua música passa a ter forma e estruturas mais livres, a harmonia se distancia cada vez mais da tonalidade e as texturas passam a se apresentar de forma cada vez mais complexas e em camadas independentes.

A obra é rica em elementos semióticos. Um elemento a ser notado é o uso de trêmulos em diversas passagens. Este recurso pode ser compreendido como a representação da agitação do inseto.

Uma recorrência comum na obra, que podemos levar ao campo da significação, são os saltos de terça menor e seu grande número de aparições, no caso do segundo movimento, pode levar à uma associação com os lampejos de luz, emitidos pelo vagalume.

Outra referência semiótica bem evidente se encontra no terceiro movimento, onde Villa-Lobos delegou ao violino a função de relatar os sons da trajetória de uma mariposa na presença da luz.

Alguns elementos relacionados à significação que também podem ser investigados são: os timbres e trêmulos no primeiro movimento, que podem ser associados ao estridente canto da cigarra; os movimentos de ascensão de descenso de alturas, que podem remeter à ideia de trajetória e movimento; e os efeitos sonoros do violino solista, como glissandos, pizzicatos, harmônicos e o uso de surdina podem ter alguma relação com alguma situação de martírio para os insetos.

Música para uma ópera, um balé e uma pessoa

Postado por marina em 29/nov/2017 -

A Orquestra Jovem do Estado encerra a temporada 2017 na Sala São Paulo, no dia 17 de dezembro, às 16h. Sob regência de Claudio Cruz, o grupo vai interpretar obras de Wolfgang Amadeus Mozart, Igor Stravinsky e Carl Nielsen, com a participação do clarinetista Bruno Ghirardi – vendedor do prêmio Jovem Solista 2017. Na ocasião, será realizada a cerimônia de entrega do 6º Prêmio Ernani de Almeida Machado. Ingressos a R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada) – vendas no site da Ingresso Rápido.

Com o mesmo programa, a Orquestra Jovem tmabém se apresenta no Teatro Procópio Ferreira do Conservatório de Tatuí, em Tatuí/SP, no dia 16 de dezembro, às 16h. Leia abaixo os comentários do professor da EMESP Tom Jobim, Hermes Jacchieri, sobre o repertório.

Música para uma ópera, um balé e uma pessoa
Por Hermes Jacchieri

Carl August Nielsen (1865-1931), Concerto para Clarinete

Atualmente considerado o principal compositor da Dinamarca, Carl August Nilsen teve um reconhecimento internacional tardio. A partir de 1960, Leonard Bernstein passou a incluir a sua obra sinfônica em seus concertos, consolidando a fama de Nilsen. Gravou a Sinfonia nº 3 e, em 1967, o Concerto para Clarinete, com o solista Stanley Drucker. Benny Goodman tambem gravou o concerto nesse mesmo ano.

Internacionalmente, as obras mais divulgadas de Nilsen são suas seis sinfonias, seu quinteto de sopros e os concertos para flauta, violino e clarinete, além de importantes obras corais.

Não é raro que um compositor escreva uma obra solo para um determinado instrumentista, esse foi o caso desse concerto. Em 1921, Nielsen ouviu um ensaio do Quinteto de Sopros de Copenhagem, e ficou encantado com a sonoridade do grupo – e assim uma amizade nasceu. Nesse mesmo ano, Nilsen escreveu para o grupo seu famoso Quinteto para Sopros, o último movimento é um presente para cada integrante do grupo, um tema e variações onde a personalidade de cada intérprete está representada numa variação escrita para seu instrumento.

Nilsen planejava escrever um concerto para cada um de seus cinco amigos, mas apenas dois foram escritos; para Gilbert Jespersen escreveu, em 1926, o Concerto para flauta, e, em 1928, o Concerto para clarineta para seu amigo Aage Oxenvad.

Com o mesmo espírito das variações do quinteto de sopros, Nilsen quis representar a personalidade bipolar de seu amigo e suas próprias angústias. Composto aos 63 anos, quando Nilsen estava decepcionado pela falta de aceitação de sua obra fora da Escandinávia, preocupado com a instabilidade social e política da Europa.

Alterações de humor são sentidas a todo momento, além da constante “briga” entre as tonalidades fá e mi maior. É notável a participação também solista da percussão.

Após a estreia, um crítico escreveu: “Eele liberou a alma do clarinete, não apenas o aspecto animal selvagem, mas também sua marca especial de poesia implacável… Este trabalho dificilmente poderia ter encontrado uma interpretação mais homogênea. A sonoridade de Oxenvad está em sintonia com os trolls e os gigantes, e ele tem alma, uma força primordial áspera e pesada, misturada com a ingênua suavidade dinamarquesa.”

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), abertura de Don Giovanni

Mozart estreou a sua primeira ópera em 1767, compôs 22 (das quais três incompletas), sendo a última A Flauta Mágica, composta no ano de sua morte. O maior espaço de tempo entre duas óperas é de apenas 3 anos, justamente entre Don Giovanni, de 1787, e Così Fan Tutte, de 1790.

Levando em consideração que uma ópera tem em média 3 horas, enquanto uma sinfonia clássica tem entre 15 e 20 minutos, todas as 41 sinfonias de Mozart equivalem aproximadamente às suas cinco últimas óperas. Essa comparação é para dar uma ideia do empenho criativo de Mozart em suas óperas.

Durante sua breve vida, Mozart obteve sucesso com suas óperas, a despeito de sua constante luta para conquistar seu sustento, e só obteve um emprego fixo em 1787 – mesmo assim, com um salário baixo. Dessa forma, o lucro de suas óperas representavam uma parte importante de seus rendimentos.

Atualmente, nós ouvimos a produção dos compositores das épocas passadas inúmeras e incansáveis vezes, com intérpretes diferentes, em gravações, ao vivo, comparamos as interpretações, colecionamos gravações. O público dessas épocas, ao contrário, queria novidade, e as músicas “envelheciam” muito rapidamente, de maneira que o compositor precisava renovar constantemente seus repertórios para poder viver. A quantidade de récitas de uma ópera dependia diretamente de sua aceitação pelo público e, se fosse bem recebida, poderia ser encenada em várias cidades. Mas em pouco tempo a novidade se esgotava e um novo espetáculo deveria ser posto no lugar, mais ou menos como um filme no cinema nos dias de hoje.

A ópera trata da vida aventureira de Don Giovanni (baseado no personagem Don Juan) e de suas incontáveis conquistas amorosas – o lado trágico do libreto fala sobre a morte em duelo do pai de uma de suas amantes, que no final da história volta como um espírito que acaba por levar Don Giovanni para o inferno.

Toda ópera deveria ter uma abertura sinfônica. Don Giovanni é considerada pelo próprio Mozart como um dramma giocoso. Logo, a sua abertura, composta na noite anterior à estreia, contém os elementos de drama e comédia que estão presentes na ópera.

Igor Stravinsky (1882-1971), Petrushka

A composição dos balés O pássaro de fogo, Petrushka e A Sagração da Primavera, todos de Stravinsky, foi fruto de sua participação nos Ballets Russes, companhia de balé emigrada da Rússia, com sede em Paris. A companhia foi fundada por Sergei Diaghilev (1872-1929) e se manteve em atividade de 1909 a 1929, tendo influenciado todas as formas de balé contemporâneo. Os melhores coreógrafos, dançarinos, cenógrafos e designers da época trabalharam nela. Diaghilev contratou artistas como Stravinsky, Pablo Picasso, Henri Matisse, Jean Cocteau, Anna Pavlova, Tamara Karsavina, George Balanchine e o mítico bailarino Vaslav Nijinski.

Os Ballets Russes redefiniram, durante seus 20 anos de existências, o conceito de balé.

Petrushka foi o segundo espetáculo composto por Stravinsky para a companhia, estreando em junho de 1911.

Numa feira, um mágico dá vida a três bonecos: uma bailarina, o boneco que é Petrushka, e o Mouro; eles começam a dançar. Petrushka se apaixona pela bailarina, mas não é correspondido, ele se sente infeliz, uma alma aprisionada num corpo de boneco. Ele acaba brigando com o boneco do Mouro e é morto, as pessoas na feira ficam horrorizadas, mas o mágico mostra que é apenas um boneco de pano, todos vão saindo indiferentes e o mágico volta para casa arrastando o boneco. Mas, de repente, ouve um lamento, e acima de uma tenda aparece o fantasma de Petrushka. O mágico foge apavorado e a figura de Petrushka cai inanimada.

Na peça, apenas os bonecos demonstram sentimentos e personalidade, enquanto as pessoas agem de maneira mecânica, automatizada.

Stravinsky utiliza vários temas folclóricos russos, a orquestração difere muito de seu balé anterior O Pássaro de Fogo, que ainda é mais nos padrões de seu professor Rimsky-Korsakov. Em Petrushka a elaboração rítmica, a orquestração, o tratamento harmônico fizeram com que Taruskin, o estudioso da obra de Stravinsky, afirmasse que com esse balé “Stravinsky finalmente se tornou Stravinsky”.

Diferentes formas nacionais

Postado por marina em 26/out/2017 -

A Orquestra Jovem do Estado, sob regência de Claudio Cruz, dá continuidade à sua temporada e realiza duas apresentações com o pianista Ricardo Castro. O primeiro concerto acontece no Theatro Pedro II, no dia 17 de novembro, às 20h. O grupo também se apresenta na Sala São Paulo, no dia 19 de novembro, às 16h. No repertório, obras de Sergio Kafejian, Maurice Ravel e Nikolai Rimsky-Korsakov. No texto abaixo, Camila Bomfim, professora da EMESP Tom Jobim, comenta o programa.

Diferentes formas nacionais
Por Camila Bomfim

A Paris da passagem do século XIX para o XX era a cidade para a qual todos os artistas e intelectuais desejavam ir: extremamente cosmopolita, foi palco de inúmeras manifestações artísticas da belle époque e, posteriormente, do cubismo, surrealismo, dadaísmo e outras tantas ramificações da arte moderna. Maurice Ravel (1875-1937), que nasceu na região dos Pirineus, havia se mudado com sua família para Paris na infância, e sua obra – apesar de trazer sempre as características da sua tradição familiar – foi construída nos parâmetros da grande metrópole e, principalmente, nas concepções artísticas de seu tempo.

Ravel fez parte de Les Apaches, um grupo formado por intelectuais e artistas parisienses, que também teve como membros Igor Stravinsky e Manuel de Falla. Entre diversos preceitos, Les Apaches se posicionavam contrários ao culto da música de Wagner, ao mesmo tempo que eram ferrenhos admiradores da música de Debussy – cuja obra Prelúdio para a Tarde de um Fauno é considerada, pelo crítico Paul Griffiths, como o ponto de partida da música moderna. O Concerto para Piano em Sol Maior, composto entre 1929 e 1931, foi dedicado à pianista Marguerite Long, que o estreou em 1932 sob a regência do compositor. O jazz era, nesse momento, uma paixão parisiense, e a obra foi fortemente influenciada pela linguagem jazzística, expressa principalmente nos primeiro e terceiro movimentos. Já o adagio assai, segundo movimento do concerto, é extremamente suave, promovendo uma quebra no discurso enérgico e virtuosístico dos outros dois movimentos.

Os parisienses (e também Les Apaches) eram grandes admiradores da cultura russa, e essa afinidade era expressa desde a movimentação em torno dos Ballets Russes (companhia de balé dirigida por Sergei Diaghilev, com a qual Igor Stravinsky estreou sua Sagração da Primavera, em 1913) até a presença do russo Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) na Exposição Universal acontecida em Paris no ano de 1989.

Assim como Ravel, Rimsky-Korsakov também fez parte de um grupo, conhecido como Grupo dos Cinco, do qual eram integrantes também os compositores Alexander Borodin (1833-1887), César Cui (1835-1918), Mily Balakirev (1837-1910) e Modest Mussorgsky (1839-1881). De vertente nacionalista e orientalista, o grupo também se posicionava contrário à música germânica, que exercia forte hegemonia no meio musical europeu.

Scheherazade (1888), de Rimsky-Korsakov, se trata de uma composição descritiva que faz alusão aos contos populares narrados na obra As Mil e uma Noites, que descreve as noites nas quais a princesa Sherazade conta fantásticas aventuras para o sultão Shahriar, que a desposou (e que, traído no primeiro casamento, tradicionalmente assassina suas esposas após a noite de núpcias). Sabendo que a intenção do sultão é matá-la também, a princesa narra seus contos sem nunca os concluir, na esperança de que Shahriar a poupe para saber o final da história, e esse artifício faz com que, ao final de mil e uma noites, o sultão não mais a queira matar. A música foi construída como uma narrativa sobre uma narrativa e traz, nos títulos de seus movimentos, referências à alguns dos mais conhecidos contos orientais, como Simbad, o marujo, e constrói no tema do violino solista a narrativa da própria Sherazade.

Muito além da obra de arte e seu valor artístico, a contribuição desses compositores espelha uma necessidade grande de afirmação dos aspectos peculiares de cada tradição cultural rompendo, cada qual a seu tempo, com parâmetros hegemônicos musicais.

Gritei… E o Pássaro do Equilíbrio Perfeito na Ponta do Abeto Só Mexeu o Rabo (2008), de Sérgio Kafejian (1967), pertence a outro momento: escrita cerca de um século a frente das duas obras anteriores, é um exemplo do rompimento do século XX com diversos aspectos tradicionais da música do século XIX, permitindo que o compositor caminhe mais livremente pela escrita musical.

Brasileiro, Kafejian é um compositor jovem que tem em sua carreira prêmios como o recebido pela obra, que ganhou o primeiro lugar no III Concurso de Composição Gilberto Mendes, em 2008. O compositor explica que o título é uma frase extraída do livro The Dharma Bums (1958), de Jack Kerouac “em um momento no qual o personagem principal passa os 3 meses de inverno no alto das montanhas que dividem os EUA e Canadá, sozinho, em uma cabana de madeira. No fim da estadia, quando a primavera começa a despontar, ele descreve os fenômenos da natureza associados ao novo ciclo que se inicia, ou seja, o renascimento da vida que domina um ambiente gélido e invernal”. Para Kafejian, a frase que se transformou em título significa que perante o equilíbrio perfeito da natureza, angústias e inquietações são quase que insignificantes.

Diferentes séculos, diferentes países

Postado por marina em 02/out/2017 -

A Orquestra Jovem do Estado, sob regência de Claudio Cruz, dá continuidade à sua temporada e realiza duas apresentações com o premiado trompetista venezuelano Pacho Flores. O primeiro concerto acontece no dia 14 de outubro, às 20h, no Teatro Adamastor, em Guarulhos/SP. No dia 15, às 16h, o concerto será na Sala São Paulo. O repertório traz obras de Christian Lindberg, Efraín Oscher e Piotr Ilitch Tchaikovsky. No texto abaixo, Camila Bomfim, professora da EMESP Tom Jobim, comenta o programa.

Diferentes séculos, diferentes países
Por Camila Bomfim

Até meados do século XVIII, a música russa estava muito vinculada à música coral, executada nas igrejas ortodoxas, e à música tradicional popular, que acontecia nas casas e espaços urbanos laicos. De acordo com o historiador Tim Blanning, na obra O triunfo da música, a prática de música orquestral se deu vinculada ao progressivo processo de modernização da Rússia, como um dos principais elementos ocidentalizantes, e se espalhou entre as camadas mais altas da sociedade. Porém, até o início do século XIX, era comum que as orquestras fossem compostas por servos em condições muito semelhantes aos que trabalhavam nos campos.

A Rússia do século XIX passou, a partir da metade do século, por um intenso processo de modernização e industrialização, encerrando oficialmente, em 1861, a situação de servidão medieval que a população russa, em sua maioria rural, vivenciava. O desenvolvimento industrial nascente fez com que uma parcela da população rural – que representava grande parte do total de pessoas existentes no enorme território – migrasse para as grandes cidades, para trabalhar nas fábricas e indústrias, onde a situação não era muito melhor.

Uma das cidades que mais se desenvolveu no período foi São Petersburgo, cuja urbanização e modernização impulsionaram a abertura pública de museus – como o Hermitage – e a construção de grandes edifícios e palácios – como o Palácio Mariinsky, que ainda hoje abriga importantes companhias artísticas de ópera, música orquestral e balé. Essa foi a cidade que Tchaikovsky (1840-1893) conheceu aos oito anos de idade, quando sua família para lá se mudou.

O compositor, que havia tido contato com o estudo musical em casa, começou a estudar música tardiamente, no Conservatório de São Petersburgo, que fora fundado em 1862, pelo pianista Anton Rubinstein. Seu desenvolvimento musical foi rápido o suficiente para se tornar professor do Conservatório de Moscou, em 1865. Porém, o patrocínio de Nadezhda von Meck – a partir do ano de 1876, e a quem ele nunca conheceu, uma vez que essa era umas das condições para que esse patrocínio acontecesse – permitiu que ele pudesse, durante quase quinze anos, se dedicar exclusivamente a escrever música, deixando o cargo de professor do Conservatório de Moscou.

A música orquestral russa, assim como a literatura e outras artes, se fortaleceu com forte tendência nacionalista, impulsionada por uma crescente aversão à cultura germânica, hegemônica na Europa ocidental. Porém, a música de Tchaikovsky tinha muito a ver com a de Wagner (apesar de suas fortes críticas ao compositor), uma vez que muitas das suas composições têm vertente programática, descritiva, e com a música germânica, hegemônica na época. Muito por esse fator, foi um compositor ímpar na Rússia do século XIX, pois obteve grande sucesso internacional. Sua escrita musical foi muito apreciada por plateias cosmopolitas, mais familiarizadas com a escola alemã do que com a nacionalista russa do “Grupo dos cinco” – formado pelos compositores russos Nikolai Rimsky-Korsakov, César Cui, Milij Balakirev, Modest Mussorgski e Aleksandr Borodin.

Apesar disso, a utilização da temática russa é frequente na obra do compositor, como no caso da Sinfonia no 5 em Mi Menor, que traz, no primeiro movimento, uma referência à ópera Uma vida pelo Tsar, de Glinka. Foi escrita em 1888, cerca de dez anos após a sua quarta sinfonia, de 1877, e três anos após a sinfonia denominada Manfred, sua quinta composição sinfônica.

É sabido que o compositor teve grande dificuldade para escrevê-la, em parte porque a quarta sinfonia havia sido um sucesso, e em parte porque ele era acometido por inúmeros episódios de insegurança, claramente expressos na correspondência que trocava com seus amigos e familiares. O conjunto de esboços de seu trabalho na sinfonia revela uma intenção inicial de escrever uma obra programática, projeto não levado adiante, mas que traria como tema questões relativas ao destino e sua natureza inefável.

Em quatro movimentos (1. Andante, Allegro con anima; 2. Andante cantabile, con alcuna licenza; 3. Valse, Allegro moderato e 4. Andante maestoso, Allegro vivace), a Sinfonia no 5 não fez muito sucesso em sua estreia. Porém, após sua morte, a composição se tornou aos poucos um dos seus trabalhos mais conhecidos e aclamados, fazendo parte do repertório de quase toda orquestra.

Tchaikovsky, durante toda a sua vida, foi acometido por episódios de desequilíbrio emocional, uma vez que a homosexualidade era criminalizada na Rússia, o que colocava em risco tanto sua carreira quanto a vida social de seus familiares. Passou pelo episódio desastroso de um casamento não consumado e sua morte prematura ainda hoje suscita questionamentos.

Lindberg e Oscher

O programa é iniciado por obras de compositores vivos, compostas para trompete solo e orquestra. Christian Lindberg (1958), sueco, é trombonista e tem carreira consolidada como solista e compositor. Seu concerto para trompete e orquestra Akbank Bunka (2005) foi escrito especialmente para o trompetista Ole Edvard Antonsen, e se trata de uma obra que mescla sonoridades turcas, orientais e jazz. Já a obra Mestizo (2010), de Efraín Oscher (1974), foi escrita especialmente para Francisco Pacho Flores. A composição procura retratar, nos quatro movimentos, sonoridades das diversas tradições musicais venezuelanas. Tanto Oscher quanto Pacho Flores construíram suas carreiras musicais dentro d’El Sistema, projeto venezuelano de educação musical dirigido pelo músico e educador José Antônio Abreu.

 

Revirada Musical 2017 – Sábado (07.10.17)

Postado por marina em 26/set/2017 -

GRUPO

DOCENTE

HORÁRIO

LOCAL

Iniciação de Cordas para Orquestra

Marcio Rodolfo Rampim

10H00

Saguão

Iniciação ao Violão

Chrystian Dozza Cunha

11H30

Auditório

Iniciação ao Violão

Marco Prado

13H30

Auditório

Iniciação ao Contrabaixo Acústico

Marcio Rodolfo Rampim

14H00

Saguão

Coral Juvenil

Daniel Volpin e Karina

14H30

Saguão

Revirada Musical 2017 – Sexta-feira (06.10.17)

Postado por marina em 26/set/2017 -

GRUPO

DOCENTE

HORÁRIO

LOCAL

Prática de Conjunto – Choro

Marcelo Cândido Gonçalves

10H45

Saguão

Lab. – Música Popular Brasileira Instrumental

Ferragutti, Paulo, Eduardo e Gabriel

11H00

Auditório

Grupo Vocal

Luiz Carlos da Cunha Gayotto

11H15

Saguão

Laboratório de Cordas Eruditas

Adriana Schincariol e Liliana

11H30

Auditório

Laboratório de Metais

Fernando Chipoletti e Luciano doa Amaral e Paulo Baptista

11H45

Saguão

Música de Câmara

Adriana Salles Leite Lombardi

12H00

Auditório

Música de Câmara

Adriana Salles Leite Lombardi

12H30

Auditório

Música de Câmara

Liliana Chiriac

13H30

Auditório

Prática de Conjunto

Silvio Giannetti Junior

13H45

Saguão

Música de Câmara

Hermes Daniel Jacchieri

14H00

Auditório

Prática de Conjunto

Silvio Giannetti Junior

14H15

Saguão

Música de Câmara

Paulo Roberto Porto Alegre Soares

14H30

Auditório

Música de Camara classe de TUBA

Quarteto MOLTOGRAVE

14H45

Saguão

Percussão Corporal

Luis Paulo Aracena Perez

15H00

Auditório

Grupo de trombones popular

Silvio Giannetti Junior

15H15

Saguão

Música de Câmara

Hermes Daniel Jacchieri

15H30

Auditório

Grupo Coral  L1C33

Mara Silvia Cimino

15H45

Saguão

Música de Câmara

Horácio de Oliveira Caldas Gouveia

16H00

Auditório

Música de Câmara

Laura Cirne de Souza

16H15

Saguão

Música de Câmara

Pedro Jorge Gadelha

16H30

Auditório

Música de Câmara

Fernando Chipoletti Fernandes

16H45

Saguão

Música de Câmara

Svetlana Tereshkova

17H00

Auditório

Coral para Adultos Iniciante

Ana Beatriz Valente Zaghi

17H15

Saguão

Música de Câmara

Thibault Jean Marie Delor

17H30

Auditório

Música de Câmara

Emerson Adriano Vasconcelos

17H45

Saguão

Revirada Musical 2017 – Terça-feira (03.10.17)

Postado por marina em 26/set/2017 -

GRUPO

DOCENTE

HORÁRIO

LOCAL

Prática de repertório erudito (madeiras, metais e cordas)

Liliane Basravi Kans

09H00

Auditório

Música de Câmara

Isabel Mota Kanji

09H30

Auditório

Camerata Caipira

João Paulo do Amaral

09H45

Saguão

Música de Câmara

Renato Amaral

10H15

Saguão

EMEXP – ensemble de música experimental

Alex Kantorowicz Buck

10H30

Auditório

Prática de Conjunto

Zéli (José Ricardo)

10H45

Saguão

Música de Câmara

Edmilson dos Santos Nery

11H00

Auditório

Lab. Música Popular Brasileira Instrumental

Gabriel Balhis, Guilherme Ribeiro, Lilian Carmona

11H15

Saguão

Prática de Repertório de Canto Barroco

Isabel Mota Kanji

11H30

Auditório

Prática de repertório de canto popular

Roberto Simões de Carvalho

11H45

Saguão

Prática de repertório erudito (madeiras, metais e cordas)

Liliane Basravi Kans

12H00

Auditório

Prática de repertório de canto popular

Roberto Simões de Carvalho

12H45

Saguão

Prática de repertório erudito (madeiras, metais e cordas)

Liliane Basravi Kans

13H00

Auditório

Prática de Conjunto 4°Ciclo

Marcus Teixeira

13H15

Saguão

Música de Câmara

Hermes Daniel Jacchieri

13H30

Auditório

Música de Câmara

Hermes Daniel Jacchieri

13H45

Saguão

Música de Câmara

Renato Amaral

14H00

Auditório

Prática de Conjunto

Josué Batista dos Santos

14H15

Saguão

Música de Câmara

Edmilson dos Santos Nery

14H30

Auditório

Prática de repertório de canto popular

Roberto Simões de Carvalho

14H45

Saguão

Prática de Conjunto

Zéli (José Ricardo)

15H00

Auditório

Coral 1º Ciclo

Daniel Volpin

15H15

Saguão

Prática de Repertório de Canto Barroco

Isabel Mota Kanji

15H30

Auditório

Música de Câmara

Edmilson Bosco

15H45

Saguão

Prática de Conjunto

José Luiz Mazziotti

16H00

Auditório

Música de Câmara

Gilberto Gianelli

16H15

Saguão

Música de Câmara

Edilson dos Santos Nery

16H30

Auditório

Música de Câmara

Milton Rogerio Vito

17H00

Auditório

Escritura

André de Cillo Rodrigues

17H30

Auditório

Prática de Conjunto

Itamar Augusto Collaço

17H45

Saguão

Música de Câmara

Hélcio de Latorre

18H00

Auditório

Prática de Repertório de Canto Barroco

Isabel Mota Kanji

18H30

Auditório

Combo de Música Brasileira

Zéli (José Ricardo)

18H45

Saguão

Ensaio/montagem Orquestra Barroca

Luis Otavio Santos

19H00

Auditório

Prática de Conjunto

José Luiz Mazziotti

19H15

Saguão

Ensaio/montagem Orquestra Barroca

Luis Otavio Santos

19H30

Auditório

Prática de Conjunto

Itamar Augusto Collaço

19H45

Saguão

Orquestra Barroca da EMESP

Luis Otavio Santos

20H00

Auditório

Prática de Conjunto

Itamar Augusto Collaço

20H15

Saguão

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