A atividade será uma imersão na vida e obra de Tia Amélia.
Amélia Brandão (1897-1983) nasceu em Jaboatão dos Guararapes (PE). Compositora na mesma linhagem de Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth, teve uma vida notoriamente original, desafiando o patriarcado e o etarismo para alcançar o seu maior objetivo: tornarse uma grande referência na música popular brasileira.
Iniciou o estudo do piano clássico aos 4 anos e, entre 1922 e 1941, viveu uma carreira artística como folclorista Amélia Brandão, realizando apresentações em Recife, Rio de Janeiro e diversas cidades brasileiras, assim como na América Latina e nos Estados Unidos. Posteriormente, fixou-se em Goiânia e, a partir de 1953, retomou a sua carreira artística no Rio de Janeiro, desta vez sob o nome de Tia Amélia. Nessa fase, destacou-se como compositora de Choros que encantaram o público carioca pela qualidade da composição e interpretação, notadamente pelo seu suingue marcante na mão esquerda.
Tia Amélia teve um programa semanal de televisão de grande sucesso durante 10 anos (1958-1968), gravou quatro LPs e foi amplamente admirada por seus contemporâneos, como Ary Barroso, Vinicius de Moraes, Dorival Caymmi, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, entre outros. Além disso, formou uma geração de notáveis músicos, como Egberto Gismonti, Gilson Peranzzetta, Angela Ro Ro, Luciana Rabello e muitos outros, a quem carinhosamente chamava de “seus sobrinhos”.
Apesar de sua carreira e legado, Tia Amélia foi apagada na história da música brasileira até a gravação do CD Tia Amélia Para Sempre (2020) por Hercules Gomes. Com a biografia de Jeanne de Castro, Tia Amélia retorna definitivamente à história de onde nunca deveria ter saído.
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