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Os ritmos de Naná Vasconcelos

25 de março de 2014

Oito vezes eleito o melhor percussionista do mundo e vencedor de oito prêmios Grammy, Naná Vasconcelos realizou workshop na EMESP Tom Jobim na tarde desta terça-feira, 25 de março. Dezenas de jovens, entre alunos da EMESP e de outras instituições, acompanharam o trabalho do músico pernambucano e tiveram a oportunidade de aprender diversos ritmos utilizando apenas as partes do corpo. “É prazeroso colocar para esse povo as minhas idéias. Para mim, o primeiro instrumento é a voz, depois é o corpo e o resto é conseqüência disso. Essa é minha fórmula e eu aprendi com mestres da África, Índia, China e de outros locais. Eu sou um brasileiro que o Brasil não conhece”, disse o músico.


(Foto: Adriana Elias)

Durante aproximadamente duas horas, Naná fez com que todos os presentes participassem ativamente do workshop, ensinando compassos, movimentos e coordenação motora, além de destacar a importância de saber ouvir. “Quando eu toco, procuro dizer alguma coisa e não explicar. Eu acredito na potência visual que existe na música. A melhor coisa da música é ouvir e você precisa ouvir a pessoa do seu lado para tocar junto com ela. Quando você escuta, você encontra seu espaço em qualquer situação. Então, todos esses tipos de ideias levam esses alunos a discussões. Eu converso com eles quando estou falando de mim e da minha vida, mas sem perder o ponto de referência, que é a riqueza que temos aqui no Brasil“, conclui.

Aluno do 4º Ciclo da EMESP Tom Jobim, Roberto de Araújo, de 21 anos, destacou a importância de a instituição proporcionar a aproximação de músicos influentes com os estudantes. “Estou sem palavras para falar da EMESP. Isso é uma experiência única na vida. O Naná, por ele ter essa idade e conseguir conduzir toda a turma, é algo fascinante e indescritível”, conta o jovem que tem aulas de percussão popular com o professor Ari Colares.

Já o estudante do curso livre de Oficina de Canto (Iniciação) da professora Cristina Allemann, Guilherme Baccarin, de 27 anos, enaltece a atividade na escola e pede para que a instituição continue trazendo músicos consagrados como forma de aprendizado. “Estou achando muito bom. Maravilhoso a EMESP trazer o Naná para este workshop. É um grande aprendizado, então acho que deve ter sempre esses workshops na escola, em diferentes horários para que todos possam acompanhar.”

A apresentação de Naná Vasconcelos também atraiu pessoas que não estudam na EMESP, como é o caso de Tiago Silva, de 29 anos. Grande admirador do percussionista, Tiago marcou presença no evento desta terça-feira. “Qualquer músico deseja participar de um workshop com Naná Vasconcelos, por isso acho esplêndido a EMESP ter trazido ele pra cá. Ele é uma referência para qualquer músico erudito ou popular. Eu estou muito feliz de estar aqui.”


por Marcus Vinicius Magalhães

 

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