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Novos caminhos depois do Guri

30 de setembro de 2014

Alegria, responsabilidade e determinação são algumas das características dos jovens alunos que começam a traçar caminhos mais audaciosos em busca do grande sonho de viver de música. 

Ex-alunos dos Grupos Infantis e Juvenis do Guri, hoje eles fazem parte dos grupos da EMESP (Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim), cada um com uma história, que se equipara pela garra e coragem. Começaram cedo na música, influenciados pelos familiares, ou por simplesmente enxergarem toda a beleza e o encanto na música. 

“A música hoje em dia já faz parte da minha vida, literalmente. No presente, no futuro, sempre penso em música. Ela está em tudo que faço, sinto ou penso”, diz Jamile Costa Destro, 14 anos, nova integrante da Orquestra Jovem do Estado. 

Muitos jovens entram no Guri para aprimorar seus conhecimentos em determinado instrumento, ou apenas por um hobby. E aqui, aprendem a visualizar um universo musical mais amplo, com grandes possibilidades de crescimento e, principalmente, ver que os sonhos podem sim se tornar realidade. 

“Quando comecei a estudar no Guri, não pensava em levar a música a sério, mas logo que entrei nos Grupos Infantis e Juvenis, vi que poderia ser uma profissão. Com alguns conselhos do meu professor, surgiu uma vontade de fazer carreira na música”, comenta Isaque Elias Lopes, 19 anos, ex-aluno de Trompa do CEU Perus e integrante da Orquestra Jovem do Estado. 

Além de uma série de visitas a espaços culturais como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), Pinacoteca do Estado e Museu de Arte Moderna (MAM), master classes com músicos do programa, músicos da Juilliard School de Nova Iorque e integrantes de renomados grupos como Aurora Orchestra e Sage Gateshead, do Reino Unido e, Conservatório de Paris, os alunos do Guri também têm a oportunidade de fazer intercâmbios que proporcionam uma vivência única, assistindo a aulas como ouvintes, utilizando os espaços de estudo e conhecendo alguns pontos culturais da cidade. 

“Fui um dos três alunos que conheceu a Juilliard School, em 2013. A viagem foi uma grande experiência. Pude conhecer a escola, e todo um universo cultural, diferente do nosso no Brasil. Também tive aulas e aprendi muitas coisas com os professores e alunos de lá. Fora novidades pessoais como, por exemplo, minha primeira viagem fora do país. Foi tudo inesquecível”, explica Giovanni de Moraes Aglio, 17 anos, ex-aluno de percussão do CEU Meninos e integrante da Banda Sinfônica Jovem do Estado. 

História semelhante aconteceu com Daniele de Almeida, de 18 anos, que entrou no Guri aos 13 anos, nas aulas de música e canto, fez sua primeira viagem internacional para Londres, em 2012, participando do International Voices. Este ano, entrou no Coral Jovem da EMESP, e ainda conseguiu uma bolsa de estudo integral para dar continuidade ao ensino musical, na Faculdade Santa Marcelina (FASM). 

“Eu fiquei muito surpresa, mas extremamente feliz e agradecida porque já havia feito provas para duas faculdades (USP e UNESP) e não tinha passado. Comecei até a fazer cursinho pré-vestibular, que só cursei por uma semana, quando recebi a notícia do Guri sobre a vaga na FASM. Hoje, minha rotina está bem agitada e divertida. Semana inteira tenho faculdade; de segunda a quarta ensaio à noite do Coral Jovem; e quinta e sábado atividades do Guri”, conta Daniele que ainda participa do Coral Juvenil do Guri.

 

A sorte de também ser contemplado com uma bolsa de estudos aconteceu com Webster Silas da Silva, 19 anos, companheiro de Giovanni, na Banda Sinfônica Jovem do Estado. E, mostrando que no Guri música e cultura transcendem fronteiras, participou este ano do Festival de Pommersfelden, na Alemanha. 

“Vi que tinha aberto as inscrições para esse festival e, seguindo a minha linha de raciocínio, eu só podia pensar em por que não? Segui em frente. Fiz a inscrição, mandei meu currículo e vídeo e, por fim, me convidaram para participar. Foi uma experiência incrível. Aprendi e gostei tanto que penso em estudar no exterior”, enfatiza. 

Com novos aprendizados, os jovens conseguem entender a importância criada pelo Programa Guri para o desenvolvimento das potencialidades, além de adquirir disciplina e responsabilidade para vivenciar a música e suas potencialidades. 

“Estou muito feliz com o que conquistei, mas sei que ainda tenho muito a aprender, somando com o que já tenho. Meu maior sonho é ser uma solista reconhecida, e poder deleitar o coração de todo o mundo com a música que eu farei acontecer”, sonha Jamile. 

Caminhos a desbravar eles sabem que existem, e voos mais altos com certeza estão por vir.

por Vivian Cunha

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